terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vida de gado

Por Daniel Santini da Folha Universal

Pecuaristas continuam utilizando escravos para avançar com o gado sobre a Floresta Amazônica. Levantamento feito pela Repórter Brasil, organização nãogovernamental que monitora a escravidão no País, revela os principais setores econômicos em que a prática ainda é comum. Confira quais são as atividades nas quais foram encontrados escravos. Os responsáveis figuram na última atualização da Lista Suja, relação feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Pecuária 
2.536 libertados 

A expansão da pecuária sobre a Floresta Amazônica continua sendo a frente que mais emprega trabalho escravo no Brasil. No Pará, onde a substituição da mata por pastos segue a todo vapor, foram registradas 1.347 libertações de trabalhadores envolvidos com a criação de bovinos na última atualização da Lista Suja. No Maranhão foram 336 libertações em fazendas de gado, em Tocantins 324, em Rondônia 236 e no Mato Grosso 191.

Cana-de-açúcar 
2.057 libertados 

Trabalhadores em condições críticas continuam sendo encontrados nos latifúndios de monocultivo de cana-de-açúcar. Uma fiscalização em que 1.011 escravos foram libertados fez com que o Mato Grosso do Sul assumisse a frente na última atualização. Ao todo, foram 1.137 libertados no Estado. Em
seguida ficam Goiás, onde 375 foram libertados,e Mato Grosso, com 340.

Carvão vegetal 
514 libertados 

Homens, mulheres e até crianças continuam sujeitos a condições degradantes trabalhando em fornos aquecidos e sujos na produção de carvão vegetal. Na Bahia, onde a exploração é mais corriqueira no sertão, foram 251 libertações.Logo em seguida vem o Mato Grosso do Sul, com 126.

Soja 
186 libertados 

Também marcado pelo monocultivo e concentração de terras, a soja é outra cultura em que é comum o trabalho escravo. Nas novas fronteiras agrícolas da soja a situação é especialmente delicada. O Goiás é o Estado em que mais houve libertações, 78. Em seguida fica a Bahia com 44, e o Piauí com 29.

Algodão 
494 libertados

O cultivo e colheita de algodão é outro setor em que a mão de obra escrava tem sido bastante utilizada e, de novo, a Bahia segue na frente. Foram 287 libertações registradas na última atualização. O Mato Grosso fica em segundo, com 124.

Outros setores 
Total de libertados 7.377 

Além dos cinco setores principais, outros também têm utilizado escravos regularmente. Na última atualização da Lista Suja foram registradas libertações em atividades variadas e nos mais diversos cultivos. A situação é grave em setores diretamente relacionados ao avanço da pecuária, como o desmatamento e o cultivo de capim. Além disso, é crescente o uso de escravos no monocultivo de pinus e eucalipto, na construção civil e também nas plantações de frutas.

A Lista Suja 

A Lista Suja do Trabalho Escravo inclui os empregadores flagrados explorando trabalhadores em condições análogas às de escravidão. A relação é atualizada todo semestre e inclui apenas empregadores julgados que já tiveram chance de apresentar recursos.



Um comentário:

  1. Those who belong to the orthodox faiths demand that the control of their faith rests on uncovering, and that publication is given in the pages of books and accounts of miracles and wonders whose nature is supernatural. But those of us who have desire discarded the assent in the magical quiet are in the attendance of revelations which are the foundation of faith. We too have our revealed religion. We procure looked upon the lineaments of men and women that can be to us the symbols of that which is holy. We have heard words of venerable shrewdness and facts in fact oral in the human voice. In sight of the milieu there experience come to us these sagacity which, when accepted, despair to us revelations, not of exceptional doctrine, but of a natural and inevitable fidelity in the spiritual powers that motivate and dwell in the center of [a mortal physically's] being.

    ResponderExcluir