sábado, 13 de setembro de 2008

Gazeta Entrevista


Alan Rick “o inquisidor”

Está se tornando ridícula e antipática a atitude do apresentador e jornalista Alan Rick. Tudo que não se precisa mais na mídia televisiva do Acre é um apresentador/jornalista partidário, que defenda posições do partido pelo qual tem simpatia, descaradamente, nas entrevistas que têm feito em seu programa Gazeta Entrevista.

O nobre jornalista foge totalmente de suas funções de entrevistador presumidamente isento e imparcial, quando, faz perguntas capciosas, em tom até agressivo a seus entrevistados, não no sentido de saber a opinião deles, mas, no intuito de encurralar o interlocutor ou induzi-lo ao erro na resposta.

Em todas as entrevistas feitas no programa sobre as eleições 2008, à exceção da entrevista com Raimundo Angelim, que correu solta, deixando o entrevistado à vontade pra dizer o que quisesse. Todos os outros entrevistados, não foram argüidos a respeito dos assuntos propostos, mas sim bombardeados com perguntas e insinuações, tentando fazer o candidato entrevistado cometer algum deslize.  

É lamentável esse tipo de atitude, principalmente de um jornalista profissional que não deveria se mostrar tendencioso, principalmente por ser ele, uma pessoa esclarecida, cristão e que tenta passar a impressão de retidão e honestidade. A função dele, como entrevistador não é debater os assuntos com os entrevistados, mas, perguntar e deixar que a pessoa responda. Foi o que ele fez com Raimundo Angelim, que é o candidato dele. Um debate é feito entre candidatos, onde os candidatos fazem perguntas uns para os outros.

Infelizmente em questões que envolvam política, geralmente também envolvem interesses pessoais. Sabemos que é tremendamente difícil para quem vive da mídia no Acre, ter condições de se manter imparcial. Com raríssimas exceções o poder governamental de situação não exerce poder de influência e até mando, sobre os órgãos de comunicação.

Um jornalista, que exerça o jornalismo, não deveria deixar patente qual lado é a sua preferência. Obviamente se tiver o objetivo de ser imparcial.

Apesar de cristão, Alan Rick se orgulha muito da posição que ocupa na imprensa acreana e isso obviamente pesa. Por estar sempre às voltas com personalidades, deixa que a vaidade aflore em pequena quantidade. Ele na realidade nem percebe isso. 

Um comentário:

  1. Prezado Acreucho,

    No evangelho de Mateus, vemos Jesus ensinando uma maneira diferente de tratar as pessoas diante de uma situação conflituosa. Diz o capítulo 7, versos 1 e 2: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.” (Bíblia Sagrada – NVI).

    Certamente você conhece esse texto que, consagrado pelo uso ao longo do tempo, tornou-se adágio popular. Portanto, creio estar escrevendo para um homem conhecedor das verdades do Evangelho, até porque li em seu perfil que seu livro favorito é a Bíblia Sagrada.

    Não venho aqui polemizar suas declarações a respeito da minha conduta nas entrevistas com os candidatos a prefeito de Rio Branco. Você tem o direito de discordar de tudo, ou de pontuar suas críticas com base em dados e informações precisas. Mas não foi isso que você fez. Pelo contrário, suas divagações são imprecisas e eivadas de paixão partidária. Respeito a crítica, mas não admito leviandade.

    Em primeiro lugar, você me acusa de “uma atitude ridícula e antipática”, e de ser “parcial” durante a condução do programa. Permita-me discordar mais uma vez. Shakespeare já dizia “A verdade é como a arte, está no olho do observador” e Paulo, escrevendo a Tito, ensina: “para os puros todas as coisas são puras, mas para os impuros e descrentes, nada é puro. De fato, tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.” (Tito 1:15 – NVI).

    Ora, se você realmente assistiu a todas as entrevistas, certamente percebeu que os candidatos tiveram o mesmo tempo (45 minutos) para responder a questões básicas, como geração de emprego e renda, abastecimento de água, produção rural, habitação, saúde, educação, obras e financiamentos, etc. O formato exibido foi produto do consenso a que chegamos após reuniões onde estiveram presentes representantes de todos os candidatos e submetida à análise do TRE. Portanto, se essa atitude “parcial” a que você se refere tem algo a ver com a fórmula do programa, sua crítica é infundada.

    Você escreveu que fui “partidário” e que estaria “defendendo posições do partido pelo qual tenho simpatia”. Ora, esse é um julgamento seu; totalmente subjetivo e proveniente de sua concepção político-partidária e que, mais uma vez, está equivocada. Quero registrar, para seu conhecimento, meu caro Acreucho, que não tenho simpatia pelo PT, como você insinua. Muito pelo contrário. Sou um crítico de algumas ações de governo, discordo politicamente de algumas lideranças locais e repudio a conduta moral dos caciques desse partido em nível nacional que emporcalharam o cenário político brasileiro desde o segundo ano do Governo Lula e que hoje vivem no limbo político do qual são merecedores.

    Até compreendo sua postura. Você não me conhece, nem minha história, minha família, tampouco as lutas que passei.
    Penso que existem bons políticos no PT e na Frente Popular, assim como nas fileiras da oposição. Homens comprometidos com o povo. Da mesma forma que os maus políticos também integram quase todas as legendas.

    Aliás, tenho bons amigos na oposição, como também no PT e na Frente Popular. Esse relacionamento respeitoso foi construído sobre uma base sólida: a postura que sempre tive de não aceitar propina, nem cobrar “jabá” de alguns políticos para favorecê-los, como ainda é o costume de alguns “jornalistas” que deveriam estar fora da profissão há muito tempo.

    Em um dado momento você diz que “a exceção de Raimundo Angelim (...) todos os outros candidatos não foram argüidos a respeito dos assuntos propostos, mas sim bombardeados com perguntas e insinuações com o intuito de levar o candidato entrevistado a cometer algum deslize.”

    Convido você para assistir novamente as entrevistas comigo, aqui na TV Gazeta, para que me mostre pelo menos uma situação desse tipo. Sua afirmação é risível, fantasiosa e leviana. Perdoe-me a franqueza.

    O dever do entrevistador é fazer com que o candidato entrevistado apresente respostas claras a questionamentos incisivos, principalmente neste formato de programa. Na segunda rodada de entrevistas que finalizamos na semana passada, tivemos o cuidado de levantar as denúncias que os próprios candidatos apresentaram uns contra os outros em seus programas eleitorais, para que respondessem fora do âmbito de seus programas oficiais, trazendo assim, uma resposta clara ao telespectador – eleitor.

    O prefeito teve que explicar, por exemplo, a denúncia levantada pelo candidato Bocalom sobre um abrigo de passageiros de ônibus que teria custado R$ 17 mil. Também foi sabatinado sobre a insinuação de que teria “rabo preso” com os empresários do setor de transportes coletivos, entre outras questões polêmicas.

    Da mesma forma procedemos com os candidatos da oposição. Também foram questionados de maneira incisiva. Nossa preocupação foi sempre levar ao conhecimento do telespectador - eleitor as questões mais debatidas no processo eleitoral e notadamente aquelas que vão ao encontro das principais demandas do cidadão rio-branquense.

    O interessante é que recebemos inúmeros e-mails sobre a série de entrevistas com os candidatos sendo que na maioria esmagadora fomos bem avaliados pelo telespectador. Outros trouxeram análises, e alguns fizeram críticas sobre um ou outro momento das entrevistas. Tudo de maneira muito respeitosa. Isso é salutar. Gosto mais da crítica sincera do que do elogio falso (Salomão já nos ensinara sobre isso). Porém, o que realmente me gratifica é resposta das ruas. Das pessoas que nos procuram para comentar as entrevistas, que nos param no supermercado, que puxam conversa na fila do banco e que fazem sua avaliação sincera e desprovida das paixões partidárias. Esse resultado nos gratifica e nos responsabiliza mais ainda para que façamos nosso trabalho da maneira mais correta possível, dentro das minhas possibilidades e diante de minhas limitações.

    Portanto, meu caro Acreucho, fica aqui o convite para que possamos conversar, quem sabe desfrutando uma galinha caipira ou um chimarrão... fica a seu critério. Tenho certeza de que ao me conhecer, você verá que cometeu injustiças e fez um julgamento precipitado a meu respeito.
    Não sou o dono da verdade, só Deus o é. Fica aqui o meu abraço e minha consideração.


    Alan Rick Miranda – Jornalista.

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