Não queremos politizar, queremos resolver

Não sei de onde o Jornalista Ray Melo tirou a idéia de que "querem politizar" o problema das drogas no Acre, principalmente o tal de "oxi". O que acontece é que o governo quer "minimizar" o problema sério que existe com as drogas em nosso estado, fazendo de contas que "ele não existe" ou que é "intriga da oposição".

O que acontece é que os blogs estão fazendo o que seria o trabalho da "imprensa" no Acre e não deixam barato, tratam do problema como ele é, e não maquiam a desgraça dos outros. Vá lá que o oxi não foi "criado" aqui no Acre, é apenas importado e passa para o resto do país, é justamente este o problema que temos que resolver. As fronteiras brasileiras no Acre são escancaradas com rodovias asfaltadas e tudo e, o policiamento é mínimo, assim como o interesse das autoridades em resolver o problema, as polícias militar, civil e federal, fazem o que podem com os parcos recursos que dispõe, mas, o grande responsável é o governo do estado que não disponibiliza recursos para o combate efetivo ao tráfico de drogas. Enquanto isso, gasta-se com festas, festinhas e festões, viagens, simpósios, congressos, reuniões e outras bobagens e os problemas vão sendo empurrados com a barriga.

Não conheço nenhum político "de oposição", como "sugere" o artigo, que esteja querendo tirar proveito da desgraça que é o oxi ou qualquer outra droga. Mesmo porque os filhos dos políticos estão tão vulneráveis a se verem envolvidos com drogas como qualquer morador da periferia de nossas cidades, talvez até mais por serem filhinhos de papais e mamães e terem grande poder aquisitivo.

O que deve ser feito é a abertura de uma grande discussão sobre o problema das drogas em nosso estado, chamar a sociedade e exigir do governo soluções para esse problema. Os políticos de situação deveriam se unir aos de oposição numa luta sem tréguas ao invés de ficar dizendo amém ao que diz o governo.  Se defender, dizendo que são mentiras as reportagens que são feitas, não adianta, nossas autoridades têm que enfrentar o problema de frente.

Se ao invés de construir pontes e avenidas que vão "de nada a lugar nenhum", promover festas carnavalescas na capital e nos municípios, promoção de exposições (que só trás lucro para uma meia-dúzia de empresários) e se juntassem esses milhões que foram gastos à toa, se poderia aplicar mais recursos em segurança, educação e saúde e fazer nossa população viver com mais tranquilidade.

O problema do Acre não é "não ter recursos", mas, "a maneira como os recursos que temos são aplicados". Prova disso? Leia aqui