As pessoas votam pelo "hoje"!

Vou discordar do Deputado Moisés Diniz quando ele coloca o título de seu post: "A versão dos perdedores". Ao invés de dar a sua "versão dos ganhadores", ele cita um artigo no Prosa e Política. Ao contrário do que pensa e fala o meu caro Moisés, os da oposição, no Acre, "não são perdedores", muito pelo contrário considero a oposição, pelo menos no Acre, uma vencedora. Deram uma pisa na Dilma e, por muito pouco, não conquistaram o governo do estado.

Não concordo com a opinião de que o que interessa é vencer. A Frente Popular do Acre teve uma vitória com gosto de derrota, não tiveram muito o que comemorar, e já é a segunda vez que isso acontece. Os da oposição não são perdedores, são "quase" vencedores!

Dilma Rousseff não ganhou a eleição porque pobres ou ricos, letrados ou analfabetos votaram nela, ganhou a eleição porque "quem pode mais, chora menos". Ela tinha tudo na mão, como não venceria? Tinha o governo, tinha Lula, (que não conseguiu transferir seus 83% de popularidade para ela como queria), tinha a máquina administrativa federal, estadual e municipal a disposição, tinha 40 mil cargos comissionados espalhados pelo Brasil, que é o staf nomeado por Lula.

Além de tudo isso, os institutos de pesquisas davam à toda hora sua vitória como certa, embora tenham errado na alíquota, e isso pode ter influenciado decisivamente a opinião pública, que não gosta de votar em quem, segundo o imaginário popular, "vai perder". O Bolsa Família ajudou Dilma a vencer as eleições? E como! Ajudou muito. Ela também teve votos em áreas segundo a lógica, "tucanas", é nestas áreas que o Bolsa Família ajudou, porque mesmo nos estados do Sul e Sudeste, há pessoas que recebem o benefício. Essas pessoas votaram em Dilma com receio de perder. Se não houvessem os programas sociais do Governo Lula, Dilma não teria ganhado. A bem da verdade o que influenciou mesmo a vitória de Dilma foram os milhares de candidatos espalhados pelo Brasil, que "pediam" (por pediam leia-se...) votos para ela à seus eleitores. Na realidade a diferença de votos entre ela e Serra foi pequena se medidas as forças da contenda.

Agora, qualquer pessoa medianamente inteligente pode ver que realmente, conforme disse em seu artigo, no Prosa e Política, Adriana Vandoni, "no Brasil o voto é fisiológico", as pessoas votam pelo hoje, não pensam muito no amanhã, não pensam que o político que lhes compra o voto, não tem compromisso com elas, só têm compromisso consigo mesmo. Por isso escrevi neste Blog o artigo: O brasileiro votou com o que? Seja rico ou pobre, analfabeto ou letrado o brasileiro votou com a barriga (por interesse), queira o Moisés Diniz ou não!

No Acre este conceito está mudando! Graças a Deus!