Entenda a entrevista de Jorge Viana a Alan Rick

Acreucho: Tomei alguns "plasil" que tinha em casa e assisti a entrevista do Senador eleito Jorge Viana. Faço algumas considerações que acho pertinentes para esclarecimento de coisas que ele deixou de dizer.

Para tentar desautorizar José Serra perante o eleitorado do Acre, Jorge Viana em entrevista diz que o ego dele não cabe na sala, que é autoritário e que não divulga as "coisas" que Fernando Henrique Cardoso fez durante seu governo. Acontece que nos outros partidos não é como no PT, onde existe a figura central do ditador, Lula, este sim o ego não cabe no Palácio, tudo tem que ser ele que fez, ele que ajudou e, etc. e tal.

Jorge diz que com Dilma o Acre vai ter facilidades, com Serra o Acre terá dificuldades. O que subentende dizer que Lula na Presidência causa dificuldades para os governadores que não são da sua "panelinha"? José Serra não é da mesma cepa que este povo, ele será o Presidente "do Brasil" e não apenas "dos brasileiros que votaram nele". Ou será que Jorge Viana vai ser Senador "só dos que votaram nele"?

Jorge Viana diz que Dilma está "bombando" no Nordeste e Norte do país. Claro e todo mundo sabe porque! É a maior concentração de analfabetismo, é a maior pobreza no campo. E o PT vai manter os nordestinos dessa maneira, senão não tem "coro" pra próxima eleição.

Jorge Viana acha que pode fazer um "mandato melhor" se Dilma for eleita, ele ainda é do tempo da "panelinha eleitoral". O que ele não diz é que o interesse dele na vitória de Dilma é a promessa de que assuma um Ministério, deixando o mandato nas mãos de Nilson Mourão, seu suplente.

Jorge diz que a Frente Popular foi "incompetente" em não ter divulgado o que o Lula fez pelo Acre, ele esqueceu que Binho foi proibido de fazer propaganda das obras governamentais.

Quase não acredito no que ouço, Jorge Viana o "supra-sumo" do "supra-sumo", reconhece que "houveram alguns erros". Isso é uma coisa incrível!

Com a Dilma ajudando, diz Jorge, o Tião Viana pode fazer um governo melhor que o dele e do que o do Binho. Que o do Binho com certeza.

O Jornalista Alan Rick sempre magnânimo com o pessoal da Frente Popular, vendo que Jorge havia se esquecido de alguma coisa, sutilmente o lembra para que ele fale.

Jorge acha que tem algo errado, por Dilma não ter ganho no Acre. E tem mesmo, o acreano não é mais besta não.

Ele diz que Dilma ganhando os investimentos no Acre serão mantidos, dá a entender que Serra ganhando os investimentos serão cortados, este é o tipo de política "pequena", a política petista do "para os amigos tudo". Tudo que está sendo feito no Acre, foi feito porque "tem" que ser feito, não é por obra desse ou daquele político. O Acre mudou? Mudou! Mas, foi porque o "mundo" mudou! No atraso em que estávamos não poderíamos continuar.

Vou ter que trabalhar dobrado, porque não tenho o Edvaldo. O que será que ele quis dizer com isso? O Edvaldo seria uma espécie de "secretário" do Jorge no Senado? Ele quis dizer que o Petecão não será parceiro nos assuntos que dizem respeito ao Acre? E o amiguinho dele Aníbal Diniz?

O Senador volta a dizer que "acha que as "denúncias anônimas" podem ter sido de pessoas que deveriam salvaguardar as Leis". Alan perguntou se de dentro do PT e ele negou. As denúncias anônimas contra Jorge Viana, "só podem ter partido de dentro do PT". Quem de fora poderia imaginar que "poderia" haver alguma irregularidade? Numa coisa Jorge tem razão, "ele" jamais faria uma coisa como pegar título eleitoral dos outros, fazer lista e outras irregularidades, "para ele", pois, não precisa". Mas, e para os outros?

Parece possível que muitas das posições hoje ocupadas por Secretários e cargos chave do governo, sejam os mesmos no governo de Tião Viana, pelo menos é o que deixou transparecer Jorge Viana. Ele disse que quando um time ganha um campeonato o técnico sempre mexe "alguma coisa", mudando "um ou outro jogador". Será que vai continuar tudo "como está"?

Jorge Viana, ignorar Sérgio Petecão como senador eleito, como fez na entrevista com o Alan Rick, não vai adiantar nada, ele teve tantos votos quanto Jorge e será parte integrante do processo. Jorge deveria estar preocupado com o Aníbal Diniz, que não tem qualquer experiência política, não conhece ninguém em Brasília, não tem qualquer peso de urna para sustentá-lo.

Quando Jorge diz que, há dois lados, uma elite e os mais pobres, ele tenta confundir o telespectador. A elite de que ele fala são exatamente os "novos ricos", uma geração de gente endinheirada que se criou no Governo Lula, a elite paulista que ele cita, é uma elite que "já era rica". O "ficar ao lado dos pobres" é pura demagogia, de qualquer dos dois lados.