domingo, 28 de março de 2010

A oposição e o poder...

Leio na Coluna Poronga do Jornalista Leo Rosas, um artigo em que ele, imitando o Presidente Lula, faz uma análise futebolística "da política".

Leo Rosas estaria desafiando a oposição e propondo que se lancem numa campanha suicida, um vale tudo sem nexo na tentativa de ganhar o governo, a assembléia, o senado e a câmara federal, tudo de uma vez. Na atual conjuntura política, qualquer tentativa neste sentido por parte da oposição seria infantilidade e pura burrice.

Numa coisa porém, concordo com o Leo, os inimigos políticos naturais das oposições são os irmãos Viana, que são as cabeças pensantes da FPA e tem uma liderança ímpar dentro da agremiação, sendo na realidade, donos dela e a administram com mão de ferro, impondo sempre suas idéias e ideais aos seus aliados.

Sendo assim, pra ascender ao poder novamente no Acre a oposição teria que "derrotar" a liderança da FPA. Não há poder que seja absoluto, não há cidadela que seja inexpugnável, algum jeito tem que haver para desbancar o clã Viana, e os destronar da Frente Popular.

A política é como um jogo de "pega varetas", políticos de qualquer segmento estão sempre se equilibrando, têm telhado de vidro e pés de barro, só não descobre o ponto fraco do político, quem não quer. Acho que na realidade é apenas uma questão de logística e inteligência, mas, a oposição não está muito interessada nisso. Jorge Viana, chegou ao Acre, trabalhou dentro do governo, estudou seus pontos fracos, viu os poderes "deitados em berço explêndido", fez seus planos e dando uma rasteira em quem o ajudou, atingiu assim seus objetivos.

Está na hora da oposição fazer a mesma coisa, a FPA está "deitada em berço explêndido" e, acha que pode ficar assim indefinidamente. É preciso fazer um estudo, descobrir os "pontos fracos" do poder e ataca-los, deixando-os pulando num pé só.

Por não ser de veia democrática a FPA, quando se instalou no Acre, criou um séquito, não de militantes, mas, de seguidores, como uma religião ou seita, que recitam frases feitas, do tipo "...que não amam o Acre" e, são capazes de dar o sangue pelo que julgam ser ideais políticos. Claro que estes "ideais" não são deles, do povo, são das lideranças políticas que implantam isso na mente das pessoas. A FPA é uma mistura de socialismo, ditadura, comunismo e principalmente capitalismo. Há de tudo, ditadores comunistas, capitalistas socialistas, comunistas capitalistas, ditadores capitalistas e uma infinidade de outras combinações. Tudo isso pra mascarar o que eles chamam de "democracia".

Essa mistura gerou líderes ambiciosos, gananciosos e imperialistas, é a volta dos "coronéis de barranco". Aos mais esclarecidos, e, mais ambiciosos e gananciosos, são feitas promessas de um futuro promissor, de repartir o bolo, de tornar o Acre um lugar "muito melhor", empresários são agraciados com fatias do bolo para prestação de serviços e consequente submissão ao governo, ínfimos empresários do Acre de outrora, são hoje "mega" empresários e apoiadores do governo.

Aos menos esclarecidos, o povão, as promessas são de um porvir risonho, onde num futuro distante "todos serão iguais", e o Acre será um oásis, uma terra que emana leite e mel e todos estarão como Moisés e o povo Judeu sob a proteção dos "todo poderosos" donos do poder, do tesouro e da verdade. Os paupérrimos são mantidos em suspensão com a ameaça de que lhes seja retirado o único benefício do qual dispõe para sua sobrevivência, qualquer campanha eleitoral logo ouvem a ameaça de que, se o governo mudar, o Bolsa Miséria será cancelado.

Mesmo com isso tudo, nas últimas eleições, as oposições ficaram apenas a 800 votos de levarem a disputa para um segundo turno, o que foi um grande susto na FPA. Eles sabem que na disputa de um segundo turno a coisa pode esquentar pra cima deles, pois, na esperança de mudanças, o funcionalismo, sempre oprimido com ameaças pode votar ao lado da oposição.

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, principalmente aquelas que se locupletam do poder, o Acre quer mudar, o Acre quer  mudanças, o Acre precisa de mudanças. Casamentos não duram para sempre, imaginem governos!

Antes porém, de se unir para mesquinhamente disputar cargos políticos e, realizar sonhos individuais as oposições deveria se reunir para se organizar, e elaborar um plano para o retorno ao poder, sem o qual, qualquer campanha política é inócua.

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