segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pede pra sair II

O jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, foi bonzinho ao dizer que leu a "entrevista" da Secretária de Segurança do Acre, Dra. Márcia Regina, no Jornal A Gazeta.

Na realidade não há entrevista, não há nenhuma pergunta direta, nem uma resposta direta. A mim pareceu mais um daqueles "releases" emitidos pela Secretaria de Comunicação do Governo.

Comento alguns tópicos que acho importantes:
"Ela explica que as cidades ainda carecem de infra-estrutura". Bem, o governo tem que cobrar infra estrutura das ruas da cidade da Prefeitura Municipal.

"Por conta dos eixos da política do Governo o principal é trabalharmos a inclusão social"... Ora, faça-me o favor, não existe nenhum programa de inclusão social para marginais, traficantes, delinquentes ou menores infratores, deixemos de conversa fiada.

“Antes se trabalhava a segurança pública só com a repressão". E há por acaso algum outro esquema que funcione para combater a marginalidade? Drogados, traficantes e marginais não estão interessados em "ressocialização" nem em "programas de inclusão social", precisamos reprimir os marginais que temos hoje e pensar na "educação" das nossas crianças, para assim diminuir a marginalidade futura. Menos de 1% de quem está na marginalidade, consegue se ressocializar e voltar a ser um cidadão.

" Estamos mapeando e analisando as manchas de criminalidade”, destacou ela". Enquanto o governo mapeia as "manchas" de criminalidade, nossas ruas se enchem com as manchas do sangue dos inocentes que morrem todos os dias, aumentam também as manchas no psicológico das pessoas agredidas e violentadas.

“A polícia trabalha com operações de saturação. Quando tem uma eclosão de ato de violência entra com um peso maior da sua força". O que significa dizer que o governo, que é quem comanda a polícia, só se preocupa com a segurança da população, "quando há uma onda de violência". Se a polícia, "entrasse com um peso maior" todos os dias, prevenindo o crime ao invés de apenas reprimir, poderíamos ter melhores resultados. Só há uma maneira de diminuir a violência: "POLÍCIA NA RUA".

"A burocracia atrapalha muito. Isso acaba impactando mais do que só o salário. No final de 2006, tínhamos um efetivo de quase 3 mil homens. Houve uma diminuição e temos atualmente 2100"... Porque nossa polícia diminuiu em 900 homens? Tantos policiais pediram exoneração, foram mortos em serviço, se aposentaram e não foram repostos? Isso se chama incompetência administrativa ou melhor descaso com a segurança do nosso povo.

A administração da Secretaria de Segurança, até agora, não disse ao que veio. Não deu uma resposta à população que está à mercê da violência. Foi muito bonito, no Dia Internacional da Mulher se nomear uma secretária de segurança feminina, uma jogada de marketing excelente, mas, agora precisamos de coisas mais efetivas. O crime não espera por ninguém, não admite firulas.

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