quinta-feira, 16 de abril de 2009

CPI da Pedofilia no Acre

Diz um velho ditado, “quem não pode com o pote, não pega na rodilha”. Outro ditado popular diz: “quem tem rabo de palha, não brinca com fogo”.

No dia 25 de março, o Deputado Luiz Tchê, pensando em fazer algo que pudesse justificar o salário que ganha, falou na tribuna: "Tenham certeza que dentro do Estado do Acre existe uma máfia que envolve pessoas poderosas que, dia após dia, se satisfazem com desejos impróprios causando uma verdadeira tragédia familiar. As vítimas merecem nosso apoio, solidariedade e nossa investigação. Precisamos ter agilidade e coragem para aprofundar este debate e, quem sabe, instituirmos uma CPI". E ele tinha razão, se faz necessário mesmo, urgentemente.

A proposição do deputado, da criação de uma CPI da Pedofilia no Acre, como ele mesmo disse, não teria nenhuma dificuldade para ser instaurada. Com certeza todos os legisladores acreanos estariam de acordo com o parlamentar e poriam suas assinaturas no requerimento, o povo desta terra espera que no mínimo, nisso, haja unanimidade.

“Qualquer pessoa sabe que há no Acre pessoas envolvidas com pedofilia e exploração de menores”, disse a saudosa Juíza Maria Tapajós em depoimento em Brasília, no ano de 2004, quando uma comissão de acreanos foi até a Capital Federal para prestar depoimento no Congresso Nacional.

O poeta e historiador Antônio Manoel Camelo Rodrigues, preso desde dezembro de 2002, foi processado e condenado a 34 anos de prisão por promover um esquema de exploração sexual. De acordo com o relatório, o caso foi descoberto através de uma denúncia de estupro contra uma adolescente, que chegou ao conhecimento da Delegacia da Mulher de Rio Branco.

As palavras do Deputado Tchê, entusiasmado em criar uma CPI da Pedofilia no Acre, foram ditas dias antes de estourar o escândalo que envolve o Secretário para Assuntos Indígenas Francisco Pianko, de lá para cá, ele não falou mais no assunto e agora viajou para a França, dizem que foi à trabalho, fazer o que e pago por quem, ninguém sabe. Alguns de seus pares na Assembléia Legislativa inclusive estão cobrando dele uma posição.

O caso Antonio Manoel, já tinha deixado o Governo do Acre, à época, numa saia justa, pois, ele era uma pessoa que transitava muito bem nos meios governamentais, era fundador do Partido dos Trabalhadores no Acre, historiador e aspone. Falou-se na época em outros casos que envolveriam pedofilia no Acre, veja aqui, também envolvendo pessoas com influência dentro dos meios governamentais, coincidentemente.

Leio hoje, no Blog “Reporter24horas” que o Depurado Moisés Diniz, teria telefonado ao Jornalista Francisco Costa, editor do Blog dizendo poucas e boas e que o jornalista não tinha provas das insinuações que tinha feito no AC24horas de que os deputados governistas estariam “fugindo” da instauração da CPI da Pedofilia do Acre.

Caro Deputado Moisés Diniz tenho certeza, assim como quase todo mundo, das melhores intenções de nossos parlamentares em “acabar” de vez com os problemas de pedofilia e exploração sexual infantil que todos sabemos existir em nosso estado. Seguidamente, ouve-se notícias a respeito do assunto.

Não acho que o Jornalista Francisco Costa esteja acusando o Tchê de nada. Luiz Tchê apenas está “fazendo cera”, embromando para resolver um assunto de suma importância para a sociedade acreana. Isso dá o direito, ao povo, de desconfiar de que esta CPI ainda não foi  instaurada em razão de uma ordem “de cima para baixo”, pois, se tivesse sido feita naquele momento, o assunto Pianko certamente teria vindo à baila e o caldo engrossaria, com outros desdobramentos.

Veja, Moisés, este assunto, do Pianko, é coisa tão séria, mas, tão séria que o próprio Governador Binho Marques se envolveu pessoalmente na defesa dele, por que motivos ninguém sabe.  

Dado como verdade o que publicou em seu Blog o Jornalista Francisco Costa, a respeito dos desaforos ditos por Moisés Diniz a ele e ao Jornalista Roberto Vaz, volto a bater na mesma tecla a qual já bati outro dia.

Você Moisés Diniz, sendo homem culto, ex seminarista, com conhecimentos profundos de religião e religiosidade e um “representante do povo” precisa “baixar o facho”. Um deputado não é um deus, nem um imperador, nem um ditador, nem patrão de ninguém. Um deputado é um “servidor público” eleito para um cargo público pelo voto do povo, que pode tirá-lo de lá no momento certo, para defender os interesses “deste povo”, não os direitos de classes ou de governos, empresários, partidos políticos ou pessoas. Um servidor público é aquele “que serve e não o que é servido”.

Um dos grandes males da política no Brasil é que os políticos acham que “podem tudo”, consideram-se “deuses” e acham que estão “acima do bem e do mal”. Lula por exemplo, acha que tudo que ele diz é “verdadeiro e confiável”. E, não é.

O primeiro ato de um político assim que toma posse é esquecer-se de quem o colocou lá.

 

"Os verdadeiros caráteres da ignorância são a vaidade, o orgulho e a arrogância."

(Samuel Butler) Considerado o maior escritor britânico da segunda metade do século XIX

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