Para tentar melhorar a imagem desgastada, a Mesa Diretora do Senado vai impor novas regras no uso das passagens aéreas e da verba indenizatória de R$15 mil liberada mensalmente para os senadores. As passagens daqui para frente só poderão ser utilizadas pelos parlamentares ou por pessoas ligadas a seu gabinete, serão reduzidas de cinco para quatro por mês o número de bilhetes e ficará proibido o aluguel de jatinhos com o dinheiro público.
Os senadores devem, em reunião marcada para hoje, extinguir os bilhetes extras a que têm direito líderes e integrantes da Mesa Diretora. Senadores do Distrito Federal terão Q valor da cota reduzido - hoje equivalente ao deslocamento para o Rio de Janeiro. Eles passarão a receber a cota de R$ 9 mil concedida a parlamentares de Goiás. A meta é reduzir em 30% as despesas com viagem.
Como as medidas têm apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), dificilmente serão contestadas pelos demais membros da Mesa. Tampouco é esperada resistência às novas normas, no uso da verba indenizatória, liberada para cobrir gastos relacionados ao mandato. O valor de R$ 15 mil cobre gastos comprovados com recibos, até agora mantidos em sigilo. Segundo o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI),Câmara e Senado deverão adotar normas idênticas, como a de proibir o pagamento a empresas próprias ou de parentes.
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