terça-feira, 23 de setembro de 2008

Dados do PNAD apresentados em 2008

Segundo dados do PNAD na tabela acima, o Acre teve melhorias em algumas áreas e em outras teve diminuição. Em um ano, aumentou somente 0,05% da rede de esgoto, a coleta de lixo subiu 0,9%; a melhoria na rede elétrica dos domicílios foi de 3,5%. A instalação de novos telefones chegou a 7,6%; a utilização de filtros de água caiu 4%, certamente em razão das pessoas pensarem que a água que sai de suas torneiras é totalmente potável, o que é um engano. Os domicílios que tem geladeira cresceram 2,8%; a compra de aparelhos de TV subiu 3,9% enquanto residências com computador tiveram um aumento de 2,2%.

A maior subida foi mesmo o telefone, embora a pesquisa não especifique se fixo ou celular. O que se chama de melhoria na rede elétrica, também não se sabe se são ligações oficiais pela Eletroacre ou se as casas têm energia elétrica através dos famosos “rabichos e gatos”. O que se constata com a pesquisa é que o povo se preocupou em adquirir coisas, telefone, TV, geladeira, computador, enquanto isso, o poder público, negligenciou a instalação de água potável, na rede de esgotamento sanitário, o que é imprescindível para a diminuição da ocorrência de doenças na população de baixa renda, que vive em favelas e invasões.


Em nível nacional, o Acre, infelizmente está em 26º lugar no quesito “rede de água”; nossa “rede de esgoto” está em 19º lugar entre os estados; nossa “coleta de lixo” ficou em 23º lugar, não dá pra compreender quando Angelim diz que Rio Branco é uma das cidades mais limpas do Brasil, vai ver que a pesquisa do PNAD está errada; na compra de computadores residenciais estamos na 13ª posição. A preocupação governamental com itens essenciais para a melhoria da saúde pública no Acre está na rabeira.


A culpa desse tipo de coisa é do próprio acreano, que acha mais importante ter telefone, TV, geladeira e outros bens de consumo, do que exigir do poder público, a melhoria sanitária para sua rua ou bairro. O aumento nos bens de consumo da população se deve principalmente as facilidades de crédito, oferecidas pelo governo e pelas financiadoras, o que fez com que o povo brasileiro se endividasse nos últimos anos, não ao real aumento no poder de compra do trabalhador, que não aconteceu.

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