sábado, 2 de agosto de 2008

Ninja o militante...

Zé do burro...
Quando o Ninja chegou a Rio Branco, era esse o apelido dele, na realidade nem sei qual o seu nome verdadeiro. Para mim, foi sempre o Ninja. Militante ativo daqueles que segurava bandeira, se enrolava nela e estava pronto para o que desse e viesse. Se a gente mandasse, ele ficava dias, parado numa esquina, só fazendo raiva para os adversários.

Quando estava duro, quase sempre, a gente alcançava “algum”. Tinha por costume, dizer sempre o que pensava, não importava se era para o porteiro do comitê ou para o candidato, se precisasse xingar, xingava.

Muitos achavam que ele era “doido”. Nunca ninguém lhe deu uma oportunidade de ter um emprego.

Quando soube da morte dele, fiquei triste, sinceramente.

Na campanha de Márcio Bittar para a Prefeitura de Rio Branco em 2004, no último comício, na Estação Experimental a gente tinha feito umas camisetas, por conta própria e todo mundo estava vestindo, pra ficar no comício. Ele tirou a camisa que vestia e vestiu a dele. A gente estava atrás do palco, perto do meu carro. Ele disse:

- Jorjão vou deixar minha camisa no teu carro, depois eu pego.

A campanha acabou, perdemos a eleição, cada um foi pro seu lado, mandei a camisa dele junto com as minhas roupas pra lavadeira e está até hoje no fundo de uma gaveta em casa. Hoje, mexendo nesta gaveta, vi a camisa e resolvi escrever estas coisas porque muito poucas pessoas fizeram qualquer coisa por ele, na vida ou na morte.

Ninja... Vai com Deus... Militante louco... Vê se descansa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário