domingo, 3 de agosto de 2008

Fim da Expoacre...


Este ano, como em muitos outros para trás, não fui à Expoacre. Não achei que houvesse lá alguma coisa do meu interesse. Pensar no trânsito caótico, no estacionamento difícil e pago, na poeira, no calor e segundo se comentou no preço de uma garrafa de água mineral a R$ 2,00, alguns diziam que era até R$ 3,00 me fizeram ficar no aconchego do meu lar.

Expoacre é coisa pra gente que tem dinheiro sobrando ou que está disposto a agüentar os telefonemas de cobranças durante o Agosto todinho, das lojas que deixou de pagar pra gastar por lá. Sim, porque depois da Expoacre todos os anos, a crise de dinheiro na cidade é muito grande, todo mundo gasta o que tem e o que não tem e o dinheiro some da praça. Os 30 dias depois da Expoacre costumam ser dias de “vacas magras”.

Expoacre também é lugar de quem tem algum interesse em negócio, ouvi falar que os negócios na Expoacre deste ano tinham uma expectativa muito boa, qualquer coisa parecida com R$ 30 milhões de reais. Como não mexo com negócios nem tinha dinheiro sobrando, fiquei em casa. Boa parte deste montante, nem fica aqui pelo Acre, vem muita gente de fora, fazer negócio e trazer principalmente gado de raça e qualidade e o dinheiro vai embora, até o parque de diversões, aquele que fica dentro da Expo é de fora.

Acho que também não perdi muita coisa. Não sou aficionado de coisas campestres, rodeios, vaquejadas e afins, portanto, o interesse pra mim era ínfimo.

Tenho certeza que a moçada se divertiu pra valer, muita paquera, muita azaração, alguns amores furtivos, coisas da juventude.

Minha única preocupação com a Expoacre é que ela deveria ser uma festa para o povo e não é. É uma festa pra elite do Estado e da cidade, mas já melhorou muito, antigamente a gente tinha que pagar só pra entrar no parque, agora isso foi abolido, já é um avanço. Quem sabe em próximas festas, até os shows sejam de graça para o povão? Dinheiro pra custear isso certamente não falta...

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