domingo, 20 de julho de 2008

Hora da mudança

No sábado, 19/07, trabalhando no bairro do Taquari, sol forte, muito calor, parei o carro em um salão, onde tinha visto um bebedouro de água.

Entrei e pedi se poderia tomar um pouco de água gelada, a moça disse que sim, me servi e fiquei observando a conversa entre umas cinco ou seis pessoas que estavam no ambiente.

O assunto era sobre política.

- Está na hora de alguma coisa mudar. Disse um rapaz que estava sentado, esperando ser atendido. O descaso é muito grande.

Outros concordaram com ele, inclusive a dona do salão. Interessei-me pelo assunto e falei.

- Desculpe sobre o que falavam o que precisa mudar?

- Essa política, respondeu o rapaz, no que concordaram os outros.

- Em que sentido? Inquiri.

- Em tudo, a gente ta cansado de ser iludido. O povo do PT só sabe mentir.

Fiquei surpreso, com as respostas daquele pessoal, pois, presume-se que falar de política em um bairro pobre e periférico seria uma coisa que teria que ser provocada. Mas não foi o que constatei, quando entrei no recinto, as pessoas que lá estavam já falavam de política, discutindo entre si os problemas da sua comunidade e demonstrando insatisfação.

Conversei ainda um pouco com eles, depois, fui embora.

Em qualquer bairro da cidade que a gente for mesmo aqueles “contemplados” com as obras do poder público, se encontram grupos de pessoas discutindo seus problemas e insatisfeitos com a administração municipal.

A maior alegação é de que as obras nem sempre são as necessidades da comunidade, que são obras que se arrastam por longo tempo e muitas vezes ficam inacabadas e da qualidade duvidosa dos materiais e da mão de obra de quem executa. A Prefeitura pode até dizer que tudo foi decidido nas Regionais, com as Associações de Moradores, mas nem sempre o desejo dos presidentes de Associações de Bairros, são as necessidades da comunidade, principalmente se foram partidários de alguma agremiação política.

Na realidade, as obras que se vê pela cidade, bem poderiam ser executadas por “profissionais de beleza”, pois, muitas delas, é apenas “maquiagem”.

Nas obras da Estrada da Sobral, por exemplo, se começou muito bem, mas as obras agora, se arrastam, com poucos funcionários trabalhando. O planejamento para a obra foi pífio, pois, não foram planejada rede de água adequada, porque a cada dia, ao longo da extensão da avenida, estouram pontos de vazamento de água, o que significa que o material usado não foi o adequado, a obra foi mal projetada ou os materiais são inadequados para a pressão das bombas.

Depois de boa parte da avenida já feita, pelo menos um bom pedaço dela, se resolveu que irão colocar iluminação dos dois lados da rua. Isso obrigou a empreiteira a escavar buracos que cruzam a rua no asfalto que já estava pronto, causando transtorno aos motoristas, ou a gente vai devagar, parando em cada buraco ou vai com tudo e para na próxima oficina com alguma coisa quebrada.

Apesar de haver diversos carros-pipa locados à Prefeitura, a poeira é enorme, causando doenças principalmente nas crianças. Nada custaria para a Prefeitura ou para a empreiteira molhar a rua em toda sua extensão, pelo menos duas vezes por dia, o caminhão já está alugado e a água é do rio.

O que importa é o seguinte: O povo está discutindo política e as eleições estão próximas e os candidatos têm que ter cuidado com o que dirão aos eleitores.

O pior erro do partido que está no poder é pensar que “ele” sabe o que seja melhor para as pessoas, não dando a elas o direito de escolher o que desejam como foi o caso do fuso horário.

Em outubro, vamos votar com consciência, com ética e principalmente não vamos vender nosso voto.

Democracia já!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário