sábado, 26 de julho de 2008

Festa à fantasia...

Não estive na cavalgada, mas há notícias de desorganização.

Isso não é de estranhar. Rio Branco não tem tradição de cidade cuja economia básica seja a pecuária, apesar de haver fazendas e muitos fazendeiros por aqui.

O pessoal vai no embalo da Expoacre e para se incorporar à festa, se fantasia de peão e as moçoilas de peonas.

Vira um verdadeiro carnaval, muitos dos participantes destas festas, nunca subiu num cavalo, a rapaziada nem gosta do cheiro deles, nunca comeu um arroz com jabá, nem arroz de carreteiro ou aquele feijão com carne seca, nem ficou mascando um pedaço de charque, pra embromar o estomago enquanto não chega a hora da xepa. Nunca dormiram ao relento, com a cabeça nas selas, cobertos com os pelegos pra se esquentar à noite, não enfrentaram noites de chuva, com lama até na canela “do cavalo”, nunca laçaram um novilho, nem sabem arriar um animal, são apenas pseudo-vaqueiros de final de semana, mas tudo é festa e o pessoal vai no embalo do momento e da cervejinha.

É uma verdadeira festa à fantasia, todo mundo paramentado, nossos governantes, artistas e famosos afins, com calças jeans, botas, camisas quadriculadas, lenço no pescoço e chapéu na cabeça mais parecendo festa junina, tudo novinho em folha, comprado no dia anterior ou lá mesmo na Expo, é uma festa, uma pantomima. Mas tudo vale pra moçada se divertir, depois que passa a festa, tudo volta ao normal, bermudas, tênis e camiseta, os executivos com suas gravatas e as executivas com seus “conjuntinhos”.

Só acho que fica meio brega a mistura do povo da cidade com os peões verdadeiros, aqueles que trabalham nas fazendas e montam a cavalo e enfrentam o trabalho no campo todo dia.

Uma coisa a gente tem que elogiar, este ano na Expoacre. Não vai haver aquele monte de shows que dilapidam as economias do povão.

Possivelmente, segunda-feira vou por lá, depois, conto mais algumas coisas...

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