segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Doa a quem doer!

Sou à favor da "união das oposições"!

É o que todo mundo alardeia nos meios políticos de oposição do Acre. Só em se dizer isso já se está contradizendo. "Das oposições", se são "das" é por que são diversas e não "uma". Há diversas correntes de oposição política no Acre e, todos estão unidos, "desde que o candidato de consenso seja o seu"!

Há a oposição do Márcio Bittar, que inexplicávelmente "não é a mesma" do Bocalom, mesmo que ambos sejam do mesmo partido. Márcio Bittar, além de ser definido pelos da Frente como "oposição confiável" (que ninguém sabe o que é), ainda disse sentir-se bem em meio a "Frentistas" outro dia numa reunião no interior. Há a oposição do Flaviano Melo e Sérgio Petecão, que impõe um candidato (Fernando Melo) aos seus correligionários. Há a oposição do PPS, que vai lançar Airton Rocha, fofoqueiros de plantão dizem que está seria também "uma das oposições de Márcio Bittar", que ainda influencia muito o partido. O PP de Gladson Cameli agora também é "oposição" e também tem seu candidato, Apóstolo Ildson. O ex-deputado Luiz Calixto também tem sua oposição com o PSL. Até Antonia Lúcia, teoricamente cassada faz parte da oposição.

Vamos e convenhamos, a única oposição que já mostro alguma coisa é a de Tião Bocalom, que venceu o candidato da Frente Popular na capital acreana para o governo em 2010, sem fazer campanha, sem fazer comício (participando aqui e ali do comício dos outros), sem lenço, nem documento. Se existe uma expressão política em Rio Branco atualmente esta é Bocalom, há uns empolgados por aí, mas, vamos encarar a realidade minha gente!

Se existisse realmente uma "união" das oposições, estariam sendo feitos grandiosos planos pra campanha 2012, arregimentadas grandes forças, angariado o máximo de fundos possíveis e já estaria sendo treinada uma grande militância para o embate do ano que vem, o que não está sendo feito. Cada um está puxando a brasa para o seu assado, e isso, é tudo o que a Frente Popular quer. Não existe como vencer uma batalha dividindo o comando de um exército.

Esta "não união" seria uma estratégia de campanha? Estaria a oposição tentando despistar a Frente Popular mostrando-se frágil e vulnerável? Se é esse tipo de coisa, eles estão definitivamente errados. Um general quando quer ganhar uma batalha, mostra logo a força de seus canhões ao inimigo.

Outro dia, um dirigente "oposicionista" me disse: "precisamos levar a disputa para o segundo turno, é uma questão de sobrevivência, senão o partido acaba"! Ora, quem quer "ter que vencer duas batalhas", podendo lutar apenas uma"? O que há por parte, "de parte" da oposição é querer usar o primeiro turno das eleições para objetivos próprios, fixar certos candidatos para outras eleições, ficar na mídia, que nem vou citar aqui pra não melindrar ninguém. Os políticos estão jogando nas mãos do povo o que deveria ser decidido por eles... Quem é o melhor candidato! Todos imaginamos que um segundo turno das eleições em Rio Branco seria entre o candidato "X" da Frente Popular e o candidato "Y" das oposições. Em teoria isso é o mais provável, mas, e se, somente "se" ficarem dois candidatos de oposição? Seria uma "guerra civil", irmão contra irmão se digladiando nas ruas pra provar que o candidato que antes defendia agora não presta. Neste caso, quem iria "cooptar" a Frente Popular e seus votos para o seu lado? "Oposicionistas verdadeiros" teriam coragem de fazer isso?  Ninguém pensa nesta possibilidade.

A Frente Popular está "brigando" de mentirinha para as eleições do ano que vem e nós, da oposição, estamos entrando na dela, fazendo o jogo deles. Precisamos abrir nossos olhos se queremos aproveitar a real chance que temos de chegar ao poder em 2012. União é a palavra, não há outra.

O Acreucho está doido, podem até dizer! Mas, não estou não, apenas tenho os pés no chão e não me iludo com quimeras, nem me influencio com planos mirabolantes. Se não quisermos perder as eleições para um "mané" como Marcus Alexandre que não é ninguém politicamente, precisamos abrir nossos olhos, ou nos iludir e sair da política.

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