segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Que campanha!


Em anos, no Acre, nunca vi uma campanha tão "chula" como este ano!

Uns falam inverdades, outros inventam histórias inaceitáveis, outros choramingam as mágoas e apelam para a opinião pública que "por favor, por misericórdia votem neles", que eles precisam ficar no poder para poder continuar com "o mesmo, do mesmo".

Não estão sendo discutidas propostas de trabalho dos candidatos, a preocupação de galgar ou manter o poder faz com que as famílias dos candidatos sejam envolvidas nas propagandas eleitorais, expondo seus parentes numa vitrine. Usando seus entes queridos para ver se sensibilizam o eleitor. O eleitor não está interessado na vida particular e privada do candidato.

O eleitorado do Acre, já está "um pouco acima" do nível da propaganda eleitoral deste ano. O povo já compreende que, os que estão no poder já estão desgastados, que suas propostas não são mais para melhorar a vida do povo, mas, apenas para que possam ficar ali, junto do poder, para colocar em prática "os seus projetos pessoais".

Que necessidade tem por exemplo, Jorge Viana de implorar o voto do eleitor para que o eleja senador? Pior ainda é que ele quer guindar o outro concorrente da mesma coligação à qualquer custo. Bastava ele chegar na TV ou nos comícios e dizer: - Gente eu sou Jorge Viana e quero ser seu senador! Pronto.

O povo já está dizendo na rua que "ele está fazendo papel ridículo", pedindo voto, implorando a seu fiel eleitorado que eleja junto com ele alguém que "o povo não quer".

Mas, Jorge Viana, segundo corre à boca pequena, "vai decepcionar seu eleitorado". Se Dilma ganhar para presidente, dizem em Brasília que ele vai para o Ministério da Defesa e vai deixar em seu lugar Nilson Mourão, um deputado federal que entrou mudo e saiu calado na Câmara Federal.

Tião Viana ganhando para o governo, deixará por lá seu suplente Aníbal Diniz, um jornalista que manja "absolutamente nada" de política e que mesmo não tendo um único voto, vai representar o povo acreano "que votou no Tião Viana", no Congresso Nacional. Se Edvaldo Magalhães fosse eleito, teríamos todo o poder centralizado nas mãos de uma única agremiação o que tanto é prejudicial para a Democracia como para o Acre.

Dizer que Petecão, se eleito senador, vai prejudicar o Acre lá em Brasília é pensar que o povo acreano é ignorante, é querer menosprezar a inteligência do eleitorado, Petecão é um parlamentar experiente. Numa campanha eleitoral, ter adversários é normal, ter inimigos é burrice. Mais dia, menos dia, adversários terão que se sentar na mesma mesa e fazer o que seja melhor para seu estado.

Recuso-me a aceitar que Jorge Viana como Senador, algum dia vá recusar reunir-se com Petecão para decidir alguma coisa que seja boa para o Acre, ou como Ministro, recusar um pedido de Petecão que possa beneficiar nosso povo. Afinal de contas, "Jorge Viana ama o Acre".

Dentro da Frente Popular têm se espalhado um "vírus" chamado "choramingus desperanza". Vamos choramingar na TV que o povo vai se compadecer de nós, porque somos coitadinhos e vai nos eleger, até Binho entrou nessa de choramingar, o apresentador do programa eleitoral, que me foge o nome no momento, é o mais choramingão de todos, parece aquele pessoal que é contratado no nordeste, pra chorar nos velórios.

Gente, campanha eleitoral não se faz assim! O povo gostaria de ouvir o que os candidatos pretendem fazer quando assumirem seus cargos, que planos têm para administrar o estado e melhorar a vida das pessoas. Esse negócio de "quero ser eleito pra ajudar fulano, cicrano ou beltrano é conversa mole", o nome disso é conchavo. Senador fiscaliza o presidente, Deputado fiscaliza e trás recursos para o estado.

Perpétua Almeida entrou em conflito com Sérgio Petecão e esqueceu-se de sua própria campanha, Edvaldo Magalhães quer ser senador, mas fica à sombra de Jorge Viana imaginando que a fama e popularidade de Jorge irá elegê-lo "na moleza". Tudo isso criou uma situação das mais constrangedouras na campanha eleitoral com a exposição das familias dos candidatos, uma coisa absolutamente desnecessária e que não edifica em nada, nem dá ou tira voto.

Campanha eleitoral é ação e não teatro!


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