terça-feira, 27 de abril de 2010

Tenham a santa paciência II

Algumas pessoas me chamam de pessimista, outras de realista.

Isto posto, digo que fico "abestalhado", como diria o Antonio Klemer, de ver a convicção com que as autoridades acreanas dizem as coisas mais absurdas. Passam a impressão de que realmente "acreditam no que dizem", e, de que suas palavras são "realmente verdade", isso impressiona, e pode até convencer aos desavisados e a quem não conhece as realidades do Acre.

Em solenidade, os engenheiros, o CREA/AC e outras autoridades, deram loas às obras executadas no Acre. Imaginem, com pontes caindo, asfalto que dissolve como polvilho, estradas que não são concluídas nunca, ruas que são como "maria mole", esgotos que entopem à menor chuva, casas construídas que são apenas "embriões" de uma residência e vendidas por preços exorbitantes, e eles ainda elogiam.

O pior disso tudo é que quando parlamentares de oposição pedem explicações e exigem a presença do diretor do Deracre para explicar o "caimento" da ponte, ainda há parlamentares lambe botas que tentam defender e explicar o inexplicável.

As obras públicas no Acre são de qualidade duvidosa, diga o CREA/AC o que quiser. Se uma empresa séria vier  e avaliar as obras que são feitas aqui, mandam parar tudo na mesma hora. Não há acompanhamento técnico e, se há é de péssima qualidade, pois, não conseguem sanar os problemas que acontecem aqui nas construções, pavimentações e outras obras. O solo tem problemas de sedimentação? Tem. Mas, deve haver alguém que possa fazer uma análise séria e dizer: "o que precisa ser feito aqui, para que fique correto é isso", e que seja feito, custe o quanto custar. De todo jeito, por aqui se gasta dinheiro publico com as maiores bandalheiras. Porque não gastar esse dinheiro pra fazer obras de qualidade?

O que não se pode é ficar fazendo o povo de besta e tentando dar explicações estapafurdias como a que foi veiculada na imprensa local, de que a ponte do Caeté partiu por causa de um terremoto que aconteceu a milhares de quilometros de distância e, que causou um deslocamento de solo no Acre. Ora tenham a santa paciência!

Um comentário:

  1. A política brasileira sobrevive através da miséria do povo e da ignorância do eleitor majoritário. Quando os políticos fizerem estradas que não se dissolvem em um ano de uso, pontes que não estragam na primeira cheia de um rio ou obras que não precisem ser refeitas, os políticos não se elegeram mais, afinal essas são as únicas propostas que eles têm, e quem não tem criatividade mantém as mesmas estratégias para continuar no poder.

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