segunda-feira, 5 de abril de 2010

Presidiário exercendo a "cidadania do voto"?

Está criando polêmica a questão sobre se, os que cumprem pena nos presídios deveriam ou não votar. Alguns ministros do TSE e STF são à favor outros contra.

Há algumas questões que devem ser avaliadas.

A logística para que essas pessoas possam exercer o voto é uma coisa complicada e cara. Mas, obviamente a coisa mais importante é a influência que as diversas facções criminosas espalhadas por este país podem ter numa eleição, existem milhares de bandidos neste país, sem contar as pessoas "ligadas" a eles, que podem ser aliciadas para votar em quem eles quiserem. Sem dúvida alguma, nas grandes cidades, haverão candidatos ligados às facções criminosas que serão colocados em cargos eletivos para defender os direitos da criminalidade. Com toda certeza, a bandidagem vai querer ter dentro dos quadros da política pessoas ligadas ao meio e farão campanha para isso, disso ninguém tenha dúvidas. Comunidades serão pressionadas a votar nestes candidatos e a política ficará ainda pior do que já é.

A política já está cheia de facções: católicos, evangélicos, homosexuais, mulheres, ricos, pobres, espíritas, empresários, agro-empresários, artistas, intelectuais, trabalhadores e muitas outras ramificações da sociedade, que fazem pressão. Porque a marginalidade não o faria?

A grande pergunta é: ladrões, assaltantes, estelionatários, assassinos, sequestradores, assaltantes de alta periculosidade, traficantes, pedófilos, espancadores de crianças e mulheres, matadores de policiais e outros criminosos, têm o direito de votar? Pensei que o direito do voto fosse um ato de cidadania, onde o povo pode demonstrar sua vontade escolhendo seus dirigentes. Essas pessoas apartadas da sociedade por condenações pelos crimes que praticaram, o que têm à ver com cidadania?

Ninguém se iluda de que os políticos não irão até os presídios fazer campanha, eles irão sim, na política, não importa de onde venha o voto. E vão prometer coisas que não podem cumprir, ou farão coisas que estarão em total desacordo com a ética e a moral.

Se uma pessoa vive à margem da Lei, foi condenada por essa Lei, acho que não tem que ter os mesmos direitos que os demais cidadãos, que são honestos e vivem cumprindo a Lei. Seria uma injustiça para com a sociedade.

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