terça-feira, 13 de abril de 2010

Great quantity, low quality...

Não sou jornalista, como todo mundo sabe, portanto, não preciso ficar "sensibilizado" pelas declarações do Governador Binho Marques de que o jornalismo acreano tem "muita quantidade e pouca qualidade".

O mesmo conceito se aplica ao Governo do Acre, que também tem uma grande quantidade de técnicos e agregados, mas, a qualidade dos serviços prestados é duvidosa. Veja-se a (in)segurança pública, a saúde que é campeã em receita de dipirona e buscopam, a educação que não educa ninguém e os milhões que são gastos com banalidades e coisas desnecessárias. Enquanto isso aviões atolam no aeroporto. Pena não ser o avião do Lula. Pode ser que ele liberasse uma grana pra uma reforma!

Agora o governador não falou nada mais, do que uma verdade. Ele paga então tem "ius abutendi". Doa à quem doer. Isso deveria doer nos jornalistas profissionais. Mas, eles tem medo de perder seus empregos. Talvez Binho já esteja "de saco cheio" de sustentar esse pessoal e queira que eles se rebelem. 

Quantos jornalistas voce conhece "que tem coragem de questionar o Governo do Acre" nos desmandos praticados? Pelo menos cobrar alguma providências que são necessárias? Você conta nos dedos das mãos e sobram dedos!

A grande maioria dos "jornalistas" é um bando de gente que vive babando o governo, publicando "releases" emitidos pelo sistema de comunicações do governo e, procurando coisas boas que o governo tenha feito pra elogiar, ao invés de procurar as erradas pra criticar. Você não precisa ler mais de um jornal por dia pra se informar, todos têm os mesmos textos, "ipsis litteris"

As entrevistas são sempre monólogos governamentais, onde as "autoridades" fazem propaganda de sua administração virtual. Nunca se vê uma entrevista onde um jornalista deixe alguém do governo numa "saia justa". Quem se comporta dessa maneira é riscado do mapa da mídia, como o Washington Aquino, que tomou doril, porque ousava criticar "de leve" algumas coisas, muitas vezes fazendo piadas pra amenizar o assunto. Quando alguém faz uma pergunta um pouco mais contundente, o que vale não é o que foi perguntado, mas, o que for respondido pelo entrevistado, que em geral desmente o que foi dito e, dá a versão oficial para o caso.

Agora mesmo, vejo o anúncio do Programa Gazeta Entrevista onde o galã Alan, anuncia a entrevista, em dois blocos, com Edvaldo Magalhães, candidato ao Senado pela FPA. Assistam e depois me digam se não será apenas uma rasgação de seda essa entrevista, perguntas sobre trivialidades, coisas sem importância e propaganda eleitoral.

Porque algum jornalista televisivo ainda não "convocou" o Presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre, Jorge Viana, pra explicar o negócio do plantio de maconha na Reserva Chico Mendes?

Porque nenhum jornalista critica a qualidade das obras viárias feitas no Acre, onde pontes caem, asfalto parece biscoito de polvilho e, a não conclusão da construção da BR364 é culpa de São Pedro?

Como disse o Crica, "eu, também acho é pouco".

Duvido se amanhã, os jornais oficiais e emissoras de rádio e TV vão "bater no governo", pelo que ele disse. Vai haver alguma reclamação, mas, nada profundo, apenas coisas superficiais, combinadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário