terça-feira, 25 de agosto de 2009

Marina a pseudocandidata!


Coisas surpreendentes estão acontecendo na política nacional. Entre as coisas mais estranhas acontecidas ultimamente está a saída de Marina Silva do Partido dos Trabalhadores para se filiar nos próximos dias, ao nanico Partido Verde.

A explicação não convence ninguém. “O partido está passando por uma refundação e uma reformulação programática e tem o mesmo ideal ambientalista que ela”.

Marina Silva deixou o Ministério do Meio Ambiente, porque se sentia boicotada e não prestigiada por Lula. Os ideais ambientalistas de Marina Silva, desagradavam de “A à Z” dentro do Governo Lula. Segundo o próprio Lula “emperrava” o desenvolvimento por causa de “pererecas”. Lula tanto fez que Marina Silva resolveu “pedir demissão” do Ministério. Pra provar que era isso que Lula queria, ele já tinha até o substituto escolhido. Descartou Jorge Viana, certamente com medo de que fosse tão “ambientalista” como Marina Silva ou porque o “prestígio” que Jorge Viana “acha” que tem junto à Lula, não seja tanto como ele pensa.

De repente, Marina Silva resolve deixar o partido no qual militou por 30 anos e do qual é fundadora, sem nenhuma explicação plausível, sem nenhum fato que possa justificar essa atitude. Ela se torna uma indisciplinada, rebelde. Quer sair do PT pra se filiar ao PV, fazer uma reforma no partido e ser candidata a presidência. Mudar de vida radicalmente. PT nacional e regional no Acre ficam em pânico! Reuniões entram pela madrugada, Lula antecipa viagem de volta ao Brasil, as oposições e o povo ficam exultantes com a possibilidade de poder escolher entre mais de dois candidatos.

A saída de Marina Silva do PT, para possivelmente concorrer à Presidência da República mudava o quadro eleitoral, desmancha o clima plebiscitário criado por Lula e mexe no tabuleiro da sucessão.

Houve quem dissesse que isso era um “esquema” da oposição, pra tentar ganhar as eleições presidenciais, houve quem se entusiasmasse e começasse uma campanha fora de época, até um site foi criado para incentivar Marina. Estava todo mundo eufórico. Até a própria Marina, mostrava algum sentimento pela coisa.

Oposicionistas diziam “bem vinda”; parlamentares da Frente Popular declaravam seu voto à Marina, como o presidente da Assembléia Legislativa Edvaldo Magalhães. Sua candidatura a presidência, independente ou na oposição, mudaria também o quadro eleitoral no Acre. Pânico na Frente Popular. Reuniões! Conluios e palavrões.

Analisando a situação, comecei a ficar preocupado quando, depois de chegar ao Brasil, Lula após se reunir com Jorge Viana, Tião Viana e Marina Silva, ficou muito tranquilo, não esbravejou, não se irritou, não começou a detonar com a Marina, disse até que “respeitava a decisão dela” e que desejava sorte. Pronto, liguei meu simancol! A candidatura Marina Silva era “Chapa Branca”! E disse isso aqui neste blog.

Dias depois, Marina Silva aparece dizendo que as coisas não são bem assim, que mesmo que ela vá para o PV continua amiga do PT, que vai manter o mesmo nível de amizade que sempre teve com a petezada, que continua sendo “base do governo”, que, porque mudou de endereço, não vai “esquecer os amigos”, etc e tal. Marina, por algum motivo recuou.

Nos primeiros instantes todo mundo pensava que Marina Silva realmente estava falando sério ao sair do PT. Só o Deputado Luiz Calixto disse que: “A candidatura de Marina Silva era um balão de ensaio”.

Algumas perguntas se fazem necessárias: O que fez Marina Silva mudar de idéia? Que motivos ou medos tem Marina Silva para sair, mas, não deixar o PT? Que tipo de conversa houve entre ela, Lula, Jorge e Tião Viana em Brasília? Que tipo de propostas ou ameaças foram feitas? Porque Marina recuou?

Nos primeiros instantes ela dava toda pinta que estava muito descontente com o Governo Lula e que estava saindo para “concorrer” com a candidata Dilma.

Que tipo de plano será esse, urdido nos porões do Palácio do Planalto, para tentar desestabilizar o quadro das eleições de 2010? Marina estará servindo de “termômetro” para a candidatura de Dilma? Vai se lançar candidata, medir sua popularidade e na hora “H” desistir de sua candidatura e pedir que quem fosse votar nela, vote em Dilma?

São tantas perguntas sem resposta que se fica meio confuso. O que se pode fazer são apenas conjecturas.

Janio Quadros em seu discurso de renúncia disse que “forças ocultas” o estavam obrigando a fazer aquilo. Essas mesmas forças podem estar assombrando também Marina Silva. Ela vai decepcionar muita gente que pensava ser ela “a terceira via” nas eleições 2010. Agora é esperar pra ver. Acho que na realidade, Marina não vai concorrer à presidência. Se concorrer será apenas um esquema pra tirar votos da oposição.

A última e crucial pergunta é: Quem em sã consciência poderia imaginar Marina Silva envolvendo-se em algum conluio palaciano para tirar vantagens políticas?

Ou ela abre o jogo e detona tudo ou poderá manchar sua biografia. O que seria uma pena!

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