sábado, 11 de julho de 2009

Maldade!

Soube lá de Brasília que um fato no mínimo inédito e cômico se não fosse trágico aconteceu com a bancada acreana que estava visitando o Ministro da Agricultura, Reinold Stefannes. Nossos deputados pediram ao ministro apoio do Ministério da Agricultura para a importação de hortifrutigranjeiros, tomate, alface, cheiro verde, repolho, pepino, de Pucalpa no Peru, para Cruzeiro do Sul e região. Dizem que o ministro olhou ironicamente e perguntou: "Não é mais fácil produzir essas coisas lá mesmo do que importar? Fala-se que o silêncio da foi "sepulcral".

O Ministro Stefannes notoriamente não gosta do Acre nem dos políticos acreanos, acha meio ambiente uma bobagem, acho que ele gosta mesmo é de criar gado, mas, nós não temos nada com isso.

Pra completar o desidério de nossos parlamentares dizem que ele ainda fez outra observação: Porque ao invés de construírem obras imponentes no Acre, não investem em agricultura?

Matou a pau o ministro, se isso for mesmo verdade. É a pergunta que todo bom acreano gostaria de fazer para o governo.

Não se comem, parques, praças, bibliotecas, nem avenidas bonitas e mal feitas, aplica-se dinheiro público (a maioria de empréstimos que teremos que pagar em dinheiro ou em árvores), na construção de estradas feitas ao invés de asfalto, com polvilho, pontes com arquitetura de primeiro mundo que poderiam ser deixadas para daqui a trinta ou cinquenta anos. Nos esquecemos que tudo, mas, tudo mesmo que se come por aqui, a não ser a farinha, vem de outros lugares, não somos produtores de nada, à não ser de políticos ruins, nosso povo é doente, famélico e ignorante.

No Acre, a administração pública "pensa grande", muito grande, maior do que as nossas possibilidades, por isso, tudo que se faz por aqui é na base do empréstimo. Estamos atolados.

O Acre não precisa ser "grande", para os acreanos, bastava ser um lugar aprazível para se viver.

As idéias de grandeza de nossos administradores estendem-se também a outros setores além da administração pública; temos grande e pelo jeito incontrolável violência, grande deficiência de moradias, grande índice de fome entre as classes "desprivilegiadas"(essa eu inventei, o Binho pode, eu também); grande desperdício de recursos públicos, se quiserem posso enumerar, mas, todo mundo sabe do que falo; grande deficiência na educação, apesar das maquiagens; temos grande falta de emprego, grandes problemas de geração de renda, a não ser para os apaniguados; grandes problemas na saúde; somoa a Itú do Norte do Brasil.

Não sei se as frases foram ditas mesmo pelo ministro ou se é invenção de algum piadista, mas, expressam a mais pura realidade. Não seria mais fácil plantar e gerar emprego e renda para nosso povo do que importar de outro país e gerar empregos por lá? Que absurdo, o Brasil, um país que é só terra da melhor qualidade, importando hortifrutis de um país onde a maioria do solo é pedra, montanhas e dificuldades. Com toda certeza há outros motivos por trás desse interesse exagerado de nossos políticos em importar coisas do Peru.

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