domingo, 24 de maio de 2009

Verdade é aquilo em que se quer acreditar...

As explicações sobre o aumento da folha de pagamento do estado de 17 para 86 milhões que Carioca deu é para enganar bobo. Ele acha que está falando com a militância do PT, para quem as palavras saídas da boca de qualquer liderança petista são a mais pura e extrema verdade.

Ele diz que “o que aumentou foi o salário que ganham” e não a quantidade de funcionários.

Realmente, em 10 anos o estado contratou apenas cerca de 7 mil novos funcionários. Mas, o que incha a folha de pagamento é uma pequena parte desses funcionários que fatura salários polpudos, exemplo: o salário do próprio Carioca, fora mordomias que só se vê nos filmes das mil e uma noites.

Se forem subtraídos os milionários salários pagos a uma certa “casta”, como na Índia, de funcionários públicos, a folha voltará a minguar. Essa casta volto a dizer, há alguns anos não tinha o que tem hoje. Diz um velho ditado: fulano chegou aqui “puxando a cachorrinha”. Alguns desses senhores, não tinham “nem a cachorrinha pra puxar”, hoje, moram em mansões, andam em carrões e tiram férias no Caribe.

Carioca revela uma coisa importante quando diz: “Quando sentamos para negociar, seja com parlamentares, seja com servidores, a melhor estratégia é ter a verdade a nosso favor”.

Vamos analisar esta frase. 1 - Sem querer, Carioca deixa escapar uma coisa que a maioria das pessoas não tinha conhecimento: Quando sentamos para negociar, seja com parlamentares.... Pegou mal. O que será que o governo “negocia” com os parlamentares, os senhores deputados estaduais? O que Carioca está dizendo é que quando o governo quer aprovar algum projeto na Assembléia, precisa “negociar” com os parlamentares? Oferecer alguma coisa em troca? O que será “esta coisa”? Sinceramente eu não tinha conhecimento que a Assembléia Legislativa fosse um “balcão de negócios”, onde se negociassem “coisas”. Mas, como quem está dizendo é o “todo poderoso” Carioca, eu passo a acreditar. Sempre pensei que na Assembléia se exercesse a “fiscalização” das ações do governo, aprovando ou desaprovando essas ações de acordo com a ética política e com o que fosse “melhor para o povo”, já que é, teoricamente a “Casa do Povo”. Com a palavra os senhores deputados para negarem ou admitirem que negociam. 2 – “a melhor estratégia é ter a verdade a nosso favor”. E desde quando isso é, sem trocadilho, "verdade"? Ora, qualquer pessoa que trabalhe para o governo sabe que o governo petista não negocia nada, apenas impõe suas vontades e mantém os sindicatos com o nó corrediço no pescoço, acoreiados. Pressiona, faz chantagem, amedronta e coopta lideranças.

 “... o compromisso do Governo Binho Marques com os servidores, que hoje têm dignidade para comprar no comércio acreano e recebem seus salários em dia, trabalhando num ambiente de trabalho adequado e com capacitações", disse”.  

Não é por causa da bondade do governo o pagamento dos salários em dia, as melhores condições de trabalho e a qualificação profissional para o exercício da função, estas são apenas as “obrigações” de quem está no governo enquanto administrador público. Não há bondade em se cumprir com um dever para o qual se é regiamente pago.

"No passado fizemos muitas paralisações para sermos ouvidos e nunca sentamos com ninguém que decidisse algo. Disse Carioca a respeito das manifestações de funcionários públicos de quase todas as categorias. Agora, continua, o governador Binho nomeou por decreto três pessoas com poder de decisão para negociar com os servidores e em cada reunião há a participação do secretário da pasta", explicou.

No passado, o PT não fazia paralisações para ser ouvido, o que havia era “baderna”, quebra, quebra e tumulto, até que os patrões e o governo “fizesse o que o PT queria”. Assim foram ganhas muitas das “campanhas” por melhorias para os trabalhadores no Brasil inteiro. “Agora o Binho “nomeou por decreto”’. É assim que o PT governa “democraticamente”, por decreto. É assim com Lula e as famigeradas MPs, que depois são enfiadas goela abaixo, dizem até que algumas são, “bolso abaixo”, mas, é só fofoca, de senadores e deputados.

Carioca diz ainda que os policiais militares em sua manifestação estavam “armados”. Ninguém viu essas armas. Quanto a pergunta que ele fez “quem tira a polícia armada da rua”? Existem outros mecanismos para se conter policiais; Polícia Federal, o Exército. Mas, subjugar uma classe trabalhadora com pressões e ameaças de prisão, punições, exonerações de cargos, foi vergonhoso para o governo. A conversa de Carioca, Binho e do MP é a mesma, parecia ensaiada: “se o SAMU precisasse passar por ali com um doente, como faria? É a mesma frase, dita por pessoas diferentes. Nenhum policial é doente mental a ponto de se, uma ambulância do SAMU precisasse passar naquela rua, ser impedida. Hierarquia e disciplina. Em se considerando um bom militar, que tem no sangue o militarismo, o líder da PM deveria ter dito: governador se vai prender algum de meus homens, prenda a mim primeiro. Pode haver hierarquia e disciplina se não há lealdade?

Fugindo da pergunta sobre habitação, Carioca diz: "Nós, (cabeças do PT) entendemos que a cidade está crescendo e o trânsito de Rio Branco está um caos. No mês passado foram emplacados 1100 veículos e destes, 85% ficam na capital. Precisamos, enquanto governo, criar alternativas viáveis para resolver a questão do trânsito, oferecendo mais segurança e mais qualidade e vida para os moradores. A escolha pela ponte foi feita pensando na cidade e é um investimento necessário, que vai mudar a cara de Rio Branco e valorizar toda aquela região"

A pergunta do povo não é essa. 50 milhões de reais, daria pra tirar da miséria habitacional que vivem quase todas, senão todas, as famílias das periferias de Rio Branco, que não tem pelo menos uma habitação pra se abrigar do orvalho da noite. Quantas casas de 3 comodos e um banheiro se poderia construir com 50 milhões de reais? Mas, quem tem onde morar não se preocupa com quem não tem.

“Como tudo na vida a verdade tem dois lados. A verdade depende do lado onde você está e naquilo que quer acreditar. O governo petista, não só do Acre, mas no Brasil é mestre em criar falsas verdades e falsas mentiras, misturar tudo e eleger como “verdade”, e, “como uma boa mentira dita várias vezes passa a ser verdade...”.

 

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