Não há discriminação...

Ivan de Castela sentiu-se humilhado porque fizeram uma imitação caricata da representação que ele faz nos programas eleitorais da Frente Popular.

Sendo ele uma “personalidade pública das artes”, cantor, ator, artista plástico, um digno representante da raça negra, deveria sentir-se magoado e humilhado se tivesse sido usado um artista branco, sem nenhuma maquiagem para representá-lo.

Não há nenhum tipo de discriminação racial na imitação que foi feita, o que há é apenas algo engraçado, um contra ponto ao ar sério, pragmático e dramático com o qual ele representa as propagandas políticas que faz.

Se Ivan de Castela fosse imitado no Programa do Didi, no CQC, no Casseta e Planeta, no Pânico na TV, no Programa do Faustão, no Show do Tom, tenho certeza que estaria, só sorrisos se achando, procurando gente pra dar autógrafos, se olhando no espelho e dizendo “eu sou o cara”. Já pensou se Lula fosse se irritar com todas as imitações grotescas que fazem dele? Ou qualquer outra personalidade?

Ivan, a encenaçãozinha que você fez no programa eleitoral, dizendo-se ofendido, discriminado, vítima de racismo, ficou ridícula, mais do que a imitação que fizeram de você. Você é melhor ator do que isso. Nem você está chateado, nem humilhado, nem achou ruim coisíssima nenhuma, se você é um verdadeiro artista, deve até ter dado boas risadas. É bom quando se é notado. Qual artista não gosta de estar em evidência? Artista quer é que: “falem bem ou mal, mas falem de dele”. Hipocrisia não, por favor.

Mas a gente compreende. Você como artista contratado para fazer mídias para a política, tem que representar o papel que lhe mandam representar, só que a política um dia se acaba. Aí você vai ter que trabalhar na sua profissão, que é ser um artista. Vai ter que parar de representar para as pessoas menos esclarecidas e encarar uma platéia esclarecida e que paga ingresso, pode aplaudir ou vaiar. Encare a vida como ela é. Seja um profissional, não misture profissão com paixão.