sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Absurdo tecnológico

Passando hoje, pelo bairro Tancredo Neves, na hora do almoço, vi de longe um terreno baldio enorme de onde saiam labaredas e muita fumaça. Imediatamente fiquei preocupado, pois, com este tempo seco, um incêndio é algo muito perigoso. Ao aproximar-me pude notar que o fogo já adquiria grandes proporções com labaredas de uns cinco metros de altura.

De imediato, peguei meu celular e liguei para o 190, que foi o número que me veio à mente no momento. Pasmem. Fui atendido por um computador, que durante uns dois ou três minutos, ficou dando instruções de como eu deveria proceder. Musiquinha... “Você ligou para o Ciosp,...

Antes de fazer sua denúncia, tenha em mãos o endereço completo com nome da rua, número e um ponto de referência... Aguarde um momento...

Quando finalmente, um policial me atendeu, “esclareceu” que “ali” não era o local adequado para fazer a minha denúncia ou reclamação e que eu deveria ligar para o Corpo de Bombeiros através do número 193. Ele até que estava com a razão, pois, a polícia não atende ocorrências de incêndio, só que era uma emergência. Eu disse a ele, que estava denunciando um incêndio urbano, possivelmente criminoso, e se ele quisesse que comunicasse aos bombeiros, que eu era um cidadão, que estava passando pelo local e só tinha me ocorrido ligar pra polícia.

A primeira “aberração” é o cidadão ligar pra polícia e ser atendido por um computador e ficar durante vários minutos ouvindo musiquinha e outras baboseiras. A segunda é um atendente da PM dizer que eu estava ligando no lugar errado, quando eles têm comunicação direta, via rádio, com o Corpo de Bombeiros. Se fosse uma emergência que envolvesse a vida de uma pessoa, esse tempo de resposta poderia ser fatal para a vítima.

É um absurdo colocar num local de atendimento ao público do sistema de atendimento de urgência policial um computador ao invés de policiais que possam imediatamente responder e tomar providências das denúncias recebidas.

A coisa foi tão absurda, que mesmo eles tendo “bina” nem ligaram de volta, pra confirmar se a denúncia era verdadeira.

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