Tem de tudo. Compra de voto, voto de cabresto, curral eleitoral, lavagem cerebral, ameaças, doações, coações. É a política do “quem pode mais chora menos”.
Todas essas práticas são proibidas e são consideradas crime, puníveis em Lei.
Existem três dentre elas que se destacam: a compra de votos, curral eleitoral e ameaças.
A compra de voto consiste em passar ao eleitor, no dia da votação, certa quantia para que ele vote neste ou naquele candidato. Quando é descoberto, o candidato é punido e muitas vezes, perde o mandato. Quem deveria ser punido e preso não é o candidato, mas quem aceitou e quem intermediou a compra, um foi corrompido e o outro corrompeu, o candidato deveria é ser “executado” por ser mentor intelectual do fato.
O curral eleitoral é aquele grupo de pessoas, cooptadas pelos cabos eleitorais, pelos chefes ou patrões, com algum tipo de promessa e nos casos onde envolva pessoas de baixa cultura, a simpatia pelo candidato, que se reúnem e “resolvem” votar num mesmo candidato. O dono de uma empresa, de uma fazenda, o chefe de alguma repartição pública, um presidente de bairro, com promessas disso ou daquilo, professores dentro de sala de aula, ajuntam essas pessoas, fazendo-lhes a cabeça para votarem neste ou naquele candidato. Isso é um curral eleitoral.
Pessoas influentes que com pressões e até ameaças conseguem votos para si ou para os outros.
Uma modalidade muito utilizada recentemente é a ameaça. “Se fulano não ganhar, o cartão disso ou daquilo vai ser cortado”; se beltrano não for eleito, não virão benfeitorias para nosso bairro; se não elegermos governador fulano de tal, nosso estado se dará mal, as obras vão parar, salários vão atrasar, benefícios serão cortados; se não elegermos fulano de tal, vai faltar merenda escolar; se cicrano não for eleito, todos os não contratados e cargos comissionados serão despedidos; se elegerem fulano os atrasos nos pagamentos estarão de volta e uma centena de coisas e ilações que são soltas no ar na época das eleições.
No Acre, temos 11.000 funcionários que não são concursados e todos os anos de eleição, se soltam boatos de que serão demitidos, devendo portanto escolher o “melhor” candidato, claro que isso mexe com a cabeça das pessoas, depois, quem se elege, vai enrolando na Justiça pra acertar a situação deles e passa por “herói” da classe.
No universo nacional, onde grande parte da população não tem acesso à informação e uma minoria acesso à internet, o eleitor fica confuso com tanta coisa na sua cabeça e acaba cedendo a alguma dessas pressões feitas por milhares de candidatos e seus cabos eleitorais.
No meio disso tudo, só uma coisa é certa.
NINGUÉM É CAPAZ DE SABER EM QUEM VOCÊ VOTOU!
O voto é secreto e só você sabe para quem o deu, portanto, se alguém mesmo sendo ilegal e antiético, vier lhe oferecer qualquer coisa para que vote neste ou naquele candidato, ou aceitando ou recusando, vote pela sua consciência, vote em quem você quiser. De preferência, não vote naquele que lhe ofereceu alguma coisa, pois, pela lógica ele não presta, senão não teria tentado comprar o seu voto. O correto é não aceitar nenhuma oferta, mas se aceitar, não vote em quem lhe deu algo.
O eleitor precisa entender que ele não deve nada a político nenhum. Muito pelo contrário, são os políticos que devem seus cargos, altíssimos salários e mordomias ao eleitor.
No Brasil, temos a cultura de “endeusar” políticos. Se todos estiverem sentados, entrando um político no recinto, logo alguém se levanta para oferecer a cadeira, isso não é política, nem boa educação, é coronelismo, é subserviência. Políticos não têm nada de especial a mais que as outras pessoas, a não ser, é claro, o salário que somos nós que pagamos com nossos impostos, sendo eles, portanto, nossos empregados. Políticos não precisam ser reverenciados, precisam ser cobrados.
Claro que bons políticos, se existirem, serão sempre respeitados por seus eleitores.
Vote consciente, não venda seu voto!!!
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