Hoje no Programa Café com o Presidente, Lula tentou justificar e descaracterizar como eleitoreiro o aumento dado ao Programa Bolsa Família, que os beneficiários começarão a receber em julho/2008.
- Aqueles que falaram que era eleitoreiro são pessoas que me parece que perderam a sensibilidade. Nós estamos dando o reajuste, porque temos condições de dar - disse Lula.
As desculpas do Presidente não convencem ninguém, só a ele mesmo e a seus assessores, que obviamente não dependem de nenhum tipo de Bolsa, ou melhor, tem que ter uma bolsa bem grande, pra guardar seus “gordos” salários e mordomias.
Dizer que quem critica o aumento tem “falta de sensibilidade” é no mínimo cômico, mas vindo do Lula, é apenas mais uma “pérola” para o seu já enorme rosário de colocações inconvenientes.
Muito maior falta de sensibilidade tem um gestor público que tem a cara de pau de dar um aumento de R$ 1,30 na “ajuda” que o Governo dá às famílias carentes e ainda vir à público, vangloriar-se disso.
O Sr. Patrus Ananias, teve a desplante de dizer, certamente debochando das pessoas carentes, que o dinheiro do aumento do Programa Bolsa Família (Miséria), iria “aumentar o poder de compra” das famílias carentes.
Isso é um acinte a dignidade humana, é falta de humanidade e de respeito para com as pessoas que, por não terem condições financeiras, se vêm obrigadas a receber esmolas governamentais.
“Que poder de compra” pode ter uma família que está inscrita no Bolsa Miséria?
Diz Lula que essa ajuda é pra resgatar a dignidade dos mais carentes e que essa ajuda é para o pobre poder colocar comida na sua mesa. Isso só pode ser deboche.
Numa família de pai, mãe e cinco filhos, comprar o que com R$ 80,00? E de mais a mais, o presidente está muito mal informado, se pensa que o dinheiro que ele dá é gasto em alimentação das crianças. É notório que certas pessoas recebem o pagamento do Bolsa Qualquer Coisa e gastam o dinheiro com tudo, menos com comida, já vi gente sair do banco depois de receber e comprar cigarro, entrar num bar e tomar cerveja ou cachaça, fazer lanche, comprar produtos de beleza. Os políticos desviam tanto dinheiro, que o povo está aprendendo com eles.
Presidente, colocar pão na boca das pessoas, não resgata a sua dignidade, o que resgata a dignidade das pessoas é o trabalho.
O “aumento” é sim, eleitoreiro, pois, foi convenientemente passado no tempo certo e para as pessoas certas.
Como a Justiça Eleitoral não vê isso e manda suspender?
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