sexta-feira, 6 de junho de 2008

Forças Armadas "Flex"

O Brasil é o pais do ineditismo. Coisas inéditas e incríveis acontecem por aqui.

O problema desses dois rapazes, gays assumidos e paradoxalmente integrantes das Forças Armadas é um caso muito sério, eles mantêm um relacionamento amoroso, dentro do quartel, algo inadmissível teoricamente falando.

Pelo que parece, os dois são pessoas “discretíssimas”, pois, estão no Exército Brasileiro desde 1997, mantendo um relacionamento íntimo e ninguém, dentre as centenas de outros militares seus colegas de profissão até pouco tempo tinha notado esse detalhes.

Admite-se que estamos teoricamente, num país livre e democrático, onde as pessoas são livres para exercer seus direitos e cumprirem seus deveres. Cada um pode ter a opção sexual e religiosa que quiser, sem que as outras pessoas possam sequer opinar sobre isso.

Não devemos ser hipócritas a ponto de achar que eles são os únicos gays dentro das Forças
Armadas ou de qualquer dos Poderes Constituídos da nação, pessoas com opções sexuais GLTB existem em todos os níveis do Serviço Público, incluindo-se a Política e não são discriminadas por isso, nem devem ser.

Ninguém tem que discriminar a opção de ninguém, o que como cidadão, cada um de nós tem o direito de fazer é aceitar ou não. Meu dever como cidadão, é não discriminar outro cidadão por sua opção sexual, mas não preciso andar aos “beijos e abraços” com ele. Posso aceitar ou não.

Este caso está fervilhando muito, por ter acontecido dentro das Forças Armadas, que todo mundo acha ser um ambiente para “cabra macho”. Na realidade, existem em todas as Forças Armadas, de quase todo mundo, homens e mulheres, a terceira opção é ainda encarada como algo “estranho” no mundo dos militares.

Quando passar a grave crise emocional que um dos rapazes está sofrendo, o pessoal especializado do Exército deverá avaliar, analisar e investigar para ver quando e como o problema aconteceu e até que ponto pode ter-se espalhado pelo resto da “Força”.

Se os rapazes já eram gays quando foram admitidos no Exército, houve, por parte das pessoas que os admitiram, uma negligência muito grande, visto que nas Forças Armadas, admite-se, à priori, somente homens ou mulheres, por norma. Os responsáveis por esta admissão anômala, na visão do Exército, deverão ser responsabilizados, pois, sua atitude desleixada trouxe problemas, tanto ao próprio Exército, como também ao ser humano envolvido, que agora sente-se vítima de discriminação.

Em tendo eles, se tornado gays depois de terem ingressado no Exército, também deverá haver uma investigação, pois, há que se saber sob que circunstâncias isso aconteceu, se foram cooptados ao homo-sexualismo dentro ou fora da corporação. Se eram “homens” quando entraram no Exército, agora, depois de anos passam a ser gays, algo está errado.

Este caso tem que ser analisado, sem qualquer tipo de discriminação, que é crime, cada pessoa faz a sua opção sexual de acordo com o seu desejo pessoal e os outros devem respeitar isso.

Devem ser revistas as normas de ingresso nas corporações militares, se houver uma norma, que diga que nas Forças Armadas, só se admitem homens ou mulheres, esta norma, deve ser cumprida ou mudada. Sem que isso possa causar uma “caça às bruxas”.

Se a norma não for mudada, os rapazes e outros gays que assumirem suas condições, dentro da Força, deverão ser demitidos, caso as Forças Armadas decidam mudar a regra, vamos encarar os fatos como uma coisa normal tendo em vista o alto grau de liberdade existente em nosso país.

Se qualquer das duas atitudes, for um avanço ou um retrocesso, só o tempo poderá dizer...

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