quinta-feira, 10 de abril de 2008

Uma criança inocente...

O caso da menina Isabela Nardoni, está ficando cada vez mais complicado. A situação do pai e da madrasta da garota complica-se também a cada momento, eles não conseguiram explicar muitas coisas, tomaram atitudes que levaram a polícia a colocar o foco das investigações sobre eles.

Vejamos:

Se eu entrasse na minha casa, onde dormia minha filha e visse alguém jogar ela pela janela, o mínimo que teria feito, seria me atracar com o elemento, sob qualquer risco, mesmo que ele estivesse armado ou coisa parecida.

Tendo visto minha filha ser jogada pela janela, do sexto andar de um prédio, certamente entraria em desespero e não ficaria ligando para parentes, ligaria direto para o resgate e para a polícia, para que fosse prestado o socorro imediato.

Se uma desgraça dessas tivesse acontecido comigo, depois de sair da Delegacia, eu não sumiria, ficaria no pé da polícia, exigindo ação e investigando junto, claro, se eu não tivesse medo de alguma coisa.

Porque, depois de prestar depoimento na delegacia, eu sairia escoltado e de cabeça baixa? Eu daria uma entrevista às TVs e pediria que todo aquele que soubesse alguma coisa me ajudasse.

Porque alguém que não teme nada, precisa de advogado acompanhando-o em depoimento?

Porque o sumiço dos dois, sendo necessária uma ordem de prisão temporária para que se apresentassem à polícia?

Para quem presta a atenção nas reportagens que foram feitas até agora, pode-se notar que o semblante do pai de Isabela, não tem a aparência de quem está desesperado pela morte tão violenta da filha, seu semblante é mais de preocupação com as conseqüências do acontecido. Já a madrasta está apavorada.

Na quinta-feira, dia 10/04/2008, em entrevista no programa “Hoje em Dia”, da Rede Record, o advogado de defesa, Dr. Levorin, foi sabatinado pelo apresentador Brito Junior e pelo comentarista Persival de Souza e podia-se notar que ele estava desnorteado, sem convicção das coisas que dizia, inclusive da inocência de seus clientes, ficava apenas repetindo termos técnicos de advocacia, sem, contudo responder às indagações feitas a ele.

Em certa altura da entrevista, o comentarista Persival de Souza argumentou com o advogado que a polícia tinha dito que já estava com 70% do caso resolvido. Segundo as alegações do advogado, mesmo com o peso de toda a investigação, tanto policial como científica, ainda assim, acreditava ele na inocência de seus clientes. Persival então perguntou ao advogado, se estando ele certo e a polícia errada, toda a investigação teria que voltar a estaca zero e começar tudo novamente, com que argumentação ele queria fazer isso.

O advogado voltou a repetir termos técnicos e não disse nada com nada, desconversando.

Tanto a família como os advogados de Alexandre, tentam levar a investigação para outro lado, fazendo a alegação e sustentando que havia uma terceira pessoa na cena do crime, o que tem uma ínfima possibilidade de ser verdade. A polícia não estaria tão errada, são profissionais.

Pelo que se pode apurar o único objetivo tanto dos parentes como dos advogados de Alexandre Nardoni é tentar retirá-lo e a sua esposa o mais rápido possível da prisão, porém acho muito difícil que o Desembargador vá assinar a liberação.

O advogado argumentou que Alexandre está arrasado por estar na prisão. Claro que tem que estar, esta é uma das técnicas que a polícia usa, na investigação, tentar com o isolamento, minar o moral do suspeito para ver se consegue uma confissão ou um acordo, deixá-lo solto, propiciaria a ele meios para que em sendo culpado, pudesse organizar melhor as idéias e tentar burlar as investigações, de alguma maneira.

É na realidade um caso muito complicado, que requer, toda cautela, tanto da polícia como da opinião pública, de qualquer maneira, “qualquer um é inocente, até que se prove que é culpado”, ao acusador cabe o ônus da prova. A polícia e a justiça estão fazendo de tudo para descobrir quem matou Isabela, é necessário dar uma satisfação à sociedade e punir o culpado ou culpados.

Na polícia, há profissionais especializados, psiquiatras, psicólogos, cientistas e policiais experimentados, acostumados a lidar com todo tipo de criminoso. Seria o fim da picada, a polícia ter escolhido uma única vertente para as investigações e no fim estar errada, sem querer fazer qualquer juízo de valor ou acusar ninguém.

Na realidade, o que mais desejo é que tenha mesmo, sido um ladrão, que tenha jogado a menina Isabela pela janela, é muito difícil, como filho, pai e avô, acreditar que um pai possa ter feito isso com a própria filha, se ele o fez, deverá receber a pena máxima por seu crime.

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