domingo, 13 de abril de 2008

Uma criança inocente II...

Uma criança inocente II...
Agora os pais e suspeitos ou candidatos a suspeitos, da morte da menina Isabela Nardoni de apenas 5 anos de idade, estão em liberdade, pelo menos até que um fato novo requeira novamente a prisão dos dois.

Como ao acusador, cabe o ônus da prova, a polícia está empenhada em detalhar o máximo possível a investigação, estão envolvidas nesta operação a Polícia Civil, Polícia Técnica, Polícia Científica, Ministério Público e outras autoridades.Até agora, foram apurados diversos fatos, mas ainda não foram apresentadas denúncias ou provas cabais do envolvimento do pai e da madrasta na morte da garota.

O assunto tem comovido a opinião pública e os meios jornalísticos, que também tem feito investigações paralelas e divulgado tudo passo a passo.

Parece, por tudo que foi investigado e falado até agora que tudo aponta mesmo para o pai e a madrasta como os autores da violência contra Isabela.Não há por enquanto outra linha de investigação que não seja na direção do envolvimento dos dois.

O que está faltando tanto aos meios de comunicação, empenhados na investigação, como à Polícia, seria uma análise psíquica do caso.

Até agora, ninguém divulgou nada a respeito.

O pai e a madrasta se dizem inocentes, sustentam a versão da presença de uma terceira pessoa, que estava dentro do apartamento quando eles entraram e que teria sido esta pessoa que teria jogado a menina pela janela, só que as contradições e a impossibilidade de sustentar esta versão são muito grandes.Para que esse homem, de camisa preta, tivesse cometido o crime, conforme informou Alexandre Nardoni, seria necessário que ele estivesse escondido dentro do apartamento, à espera que eles chegassem, para cometer o crime.

Este homem seria um ladrão?

Como um ladrão entraria sem as chaves do apartamento e sem ter forçado a porta?

O que fazia este homem dentro do apartamento se foi constatado que nada, absolutamente nada foi subtraído do local?

Alexandre disse que deixou Isabela e desceu pra pegar as outras crianças, quando retornou, com o restante da família, o homem estava dentro do apartamento e teria jogado Isabela pela janela.

Com que objetivo? Por que motivo? Ana Carolina a madrasta, também viu este homem?

O suposto “ladrão” poderia ter sim, se ele existisse, usado Isabela como refém, para poder fugir, já que estava dentro do mesmo quarto que ela, segundo relato de Alexandre.

Com que objetivo este homem, usou uma faca e uma tesoura para cortar a forte rede de proteção da janela, para jogar pela janela, a criança que poderia servir como proteção a ele numa fuga?

A pergunta mais crucial é: Porque Alexandre não entrou em luta com este homem, já que ele é um homem jovem e forte?

Seria o mínimo que um pai faria ao ver sua filha sendo jogada pela janela.Ele não fez nada, não gritou, não fez nenhum escândalo, não pediu socorro aos vizinhos, nada.

Por onde este “ladrão” fugiu?

Alexandre ao voltar com os outros dois filhos e a esposa, abrindo a porta viu o “homem de camisa preta” no quarto, simplesmente saiu da frente da porta para que ele passasse?

O “ladrão”, não tinha para onde correr a não ser sair pela mesma porta que Alexandre estava entrando, os dois poderiam ter lutado e Alexandre teria que estar ferido.
Repito: por onde o ladrão fugiu? Ele não fugiu, porque simplesmente só existe na mente de Alexandre.

E depois que este “ladrão” fugiu, supondo que ele exista, porque não houve alarido, nenhum pedido de socorro em nenhuma janela do prédio. O que eles fizeram foi ligar para seus pais, não se dignaram a ligar para a polícia, nem para o resgate. Por quê?Porque não gritaram, porque não foram atrás do “ladrão”, porque não ligaram pra polícia, porque, porque, por que...?????

Sem querer fazer juízo de valor. Porque não havia interesse nisso.

Por tudo em que acredito, gostaria que esse “ladrão” realmente existisse. Infelizmente, tudo, absolutamente tudo, aponta no sentido contrário, aponta para o pai e a madrasta como sendo os responsáveis por esta tragédia.

Sim, porque isso pode ser considerado uma tragédia, não gostaria de acreditar que foi algo premeditado, foi algo que aconteceu e tornou-se inevitável.

Não sou psicólogo nem psiquiatra, mas pela vivência que temos, sabemos analisar as atitudes das pessoas.

As atitudes do pai e da madrasta de Isabela, falam contra eles.Não gritaram, não pediram socorro, não prestaram socorro, não foram atrás do “ladrão”, não ligaram pra polícia, ficaram ligando para parentes que em nada podiam ajudar naquele momento, foram para a delegacia com os policiais, prestaram seus primeiros depoimentos e depois, saíram da delegacia, de cabeça baixa, encobertos por roupas, como fazem os marginais, logo depois sumiram por dois dias, só se apresentando porque teria sido decretada a sua prisão provisória, neste período, logo dois advogados foram contratados para falar por eles.

Porque, para que?

Logo nos primeiros momentos, quando as TVs começaram as transmissões, as primeiras imagens do pai e da madrasta eram imagens que nos fazem pensar.Ele estava assustado, ao invés de estar desesperado pela morte violenta da filha, seu olhar não era de: “o que fizeram com a minha filha”, mas, de “o que será de mim agora”.

A madrasta estava apavorada, como se algo de muito ruim tivesse desgraçado sua vida.

Porque este pai e sua esposa, madrasta da menina, se o que aconteceu, foi o que eles contaram, não estão ombro a ombro com a polícia, na investigação do caso, exigindo celeridade e presteza da polícia?

Porque eles não usaram a mídia para fazer o maior rebuliço, na tentativa de ajudar nas investigações, porque não falam nada, porque não se colocam à disposição para entrevistas e tentar assim, acuar este “ladrão”?

Nada disso acontece, por um simples motivo. Não há o que dizer que não seja contestado, por provas ou por suposições.

O próprio advogado deles, ficou acuado num programa de televisão.

Não sou jurista, nem advogado, sou apenas um cidadão indignado, filho, pai e avô, pela minha condição de não ser “nada”, posso dizer que este juiz que deu a liberdade para Alexandre e Ana Carolina, errou e errou feio.

Eles podem sim, influenciar na investigação e mais, eles podem mudar o rumo deste crime hediondo, eles podem simplesmente sumir como já aconteceu em outras ocasiões com outros criminosos.

Mas vamos ver o final da investigação, quando a polícia apresentará o culpado ou culpados.

Condeno e acho irracional, também a posição da mãe biológica de Isabela. Até agora ela não fez nada, não exigiu nada, não se indignou com o acontecido, em suas entrevistas, parece-nos que ela já se conformou com a perda violenta da única filha, supostamente morta pelo pai ou pela madrasta.

Por mais pacífica ou religiosa que seja uma pessoa, o sentimento de Justiça, aflora num caso desses.

Sua filha morreu, violentamente, o assassino ainda não foi descoberto nem punido, a menina foi enterrada e pronto, vamos esquecer tudo. “Nada vai trazer Isabela de volta” disse ela numa entrevista.

Minha irmã foi assassinada pelo marido, não descansei um só momento, tendo ficado junto com os policiais nas investigações e diligências até que ele foi preso.

Seria o mínimo que essa mãe deveria estar fazendo, exigindo Justiça.

A Justiça e a Polícia tem que dar uma resposta a esse crime bárbaro, tenha sido o pai, a madrasta ou um ladrão. Isso não pode ficar assim, como muitas outras coisas ficam sem punição neste país.

Acreucho

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