quinta-feira, 9 de junho de 2011

O traidor não se culpa. É da sua natureza.

Por Valterlucio Campello

Em uma novela que está passando na TV Globo, tem um personagem muito interessante. Esqueci o nome. Mas o cara é malvado. Atropela seguidamente a todos os que julga no seu caminho. A arma que usa é a dissimulação, o engodo, jamais "bate de frente". Bem falante e de boa aparência, não poupa elogios e sorrisos simpáticos quando cuida de aproximar-se. Às vezes até surpreende com declarações que de tão íntimas e inesperadas parecem sinceras. Este é, aliás, seu principal truque, parece realmente sincero, gera confiança. Mas trai a todos. Mulher, pai, irmão, amigos... todos. Ninguém é seu amigo de fato. Todos são degraus nos quais pisa para ir a um patamar mais elevado.

Segundo os especialistas, este é o comportamento típico do psicopata. Ele faz tudo isso sem culpas. Seus valores éticos e morais são nulos. O que importa unicamente é o seu objetivo. No caso da novela, o cara quer se dar bem, ter mais que o irmão, alcançar maior status, subir, subir, subir... nessa subida deixa para trás, estendidos, quaisquer que lhe pareça adversário ou credor.

Observando a movimentação política no Acre, lembrei-me do personagem da novela. Na política tem gente assim. Gente que usa partidos, companheiros, aliados, amigos, jornalistas, doadores, empresários... qualquer um que em algum momento lhe renda possibilidade de crescer. Em algum momento trairá a todos. Arrivista por escelência. Traidor por natureza. Sem culpa.

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