segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pare, malfeitor! Senão saco a minha arma...

Não sei se rio ou choro! Agora os policiais só podem sacar suas armas, depois de levarem chumbo dos marginais! É proibido atirar. Estamos na Inglaterra, onde o policial comum, não usa armas. Se os marginais sabendo que os policiais vão atirar, não respeitam a polícia, imaginem eles sabendo que os policiais estão "proibidos" de atirar. A coisa vai se inverter, vão começar a morrer mais policiais do que marginais.

Quando fiz meu treinamento no Exército, tinha um capitão que dizia o seguinte: - Nunca saque sua arma! Todavia se tiver que sacar, faça-o "pra atirar, nunca pra ameaçar, enquanto você ameaça, o meliante mata você", atire do umbigo ao queixo e a parada está resolvida. Mas, é claro que isso era um treinamento no Exército, para soldados combatentes de Infantaria.

A diferença entre um inimigo na guerra e os bandidos comuns é que na guerra pelo menos há um motivo, para matar, já os delinquentes estão matando "sem motivo". Um policial que não pode sacar sua arma, nem fazer um disparo pra intimidar um bandido é o mesmo que um avião "sem asas", não serve pra nada.

O que precisamos não é de policiais que "não possam sacar suas armas", mas, de policiais que "saibam como e onde sacá-las e usá-las". Um policial precisa ter treinamento e perspicácia pra saber com quem está falando, se um bandido ou uma dona de casa. O que as nossas corporações, sem exceção, precisam é de renovação, de colocar responsabilidade no policial, de formá-lo com o sentimento de que ele não é nada mais, nada menos que um servidor público. O policial precisa compreender que ele não pode usar uma suposta "autoridade" da qual ele é "apenas" investido, para fins próprios, como intimidar o vizinho, o motorista que o fechou, a namorada, o namorado da filha, a mulher e os filhos. Tem que usar essa autoridade e energia no combate ao crime.

Claro que há excessos! Ninguém discorda disso, mas, os policiais não podem se arriscar. No caso mais famoso em Rio Branco, daquela moça morta no Bairro João Eduardo, por disparo de arma da Polícia Militar, os policiais não foram culpados sozinhos. Os policiais foram "irresponsáveis" por atirar em via pública, mas, o causador do fato foi o rapaz que "furou" a blitz, expondo-se à represálias. Deveria ser julgado igualmente com os policiais como co-autor do crime.

O engraçado em tudo isso é que o policial não pode mais sacar sua arma, nem atirar, mas, pode entrar numa churrascaria portando um FAL e sentar-se pra almoçar, como já presenciei.

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