sábado, 17 de outubro de 2009

Marqueteiro de Obama não acredita em transferência de votos


O estrategista que comandou a vitoriosa campanha à presidência dos Estados Unidos do democrata Barack Obama, Jason Ralston, disse hoje na capital paulista que não acredita em transferência de voto. "A popularidade de um líder não é transferível para um candidato", afirmou ao ser questionado sobre o cenário brasileiro para as eleições de 2010. Mesmo com índice recorde de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se esforçado para pôr em evidência a sua candidata à sucessão, a ministra Dilma Rousseff.

Ralston fez um paralelo entre o apoio de Lula a Dilma e o do ex-presidente norte-americano Bill Clinton a Obama. Para o estrategista, o eventual apoio de Clinton desde as primárias democratas não levaria automaticamente Obama a vencer as eleições.

O ex-presidente dos Estados Unidos defendeu a candidatura de sua mulher, Hillary Clinton, e acabou dando suporte apenas protocolar a Obama. "Se Clinton tivesse apoiado Obama desde o início, poderia ajudar, mas isso sozinho não levaria à vitória. É sempre preferível ter o apoio de um líder popular a não tê-lo. Mas isso não basta. Não pensem que esse tipo de suporte é um elemento decisivo em uma campanha", ressaltou.

Ralston deu ainda um conselho aos futuros candidatos de oposição ao governo federal nas próximas eleições brasileiras. Para o especialista, a oposição terá de mostrar claramente suas diferenças em relação ao governo atual. "Eles precisam dizer aos eleitores para onde pretendem levar o Brasil", disse, em entrevista após palestrar em seminário "O Efeito Obama", promovido pela universidade americana George Washington, na capital paulista.

Acreucho: Concordo e discordo. Lula realmente não consegue transferir os "seus" votos, não todos eles, para quem ele indica, as pessoas confiam "nele", não em quem ele indica. Todavia, não devemos nos esquecer que estamos no Brasil e não nos EUA, por lá o nível de escolaridade e de esclarecimento do povo é muito maior do que aqui. Por aqui ainda temos voto de cabresto, curral eleitoral, compra de votos, pressão psicológica, coronelismo e outros "métodos" eleitorais de terceiro mundo.

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