Cantando a bola Site do Chico Bruno |
"Devagar se vai ao longe, devagar eu chego lá". O governo deveria se esmerar em seguir o que diz Jorge Ben na canção Bicho do Mato. Mas, ao contrário corre contra o tempo, como se os campos do pré-sal já estivessem produzindo a pleno vapor. O que temos até agora é a comunicação da Petrobras propagandeando de forma enganosa que a empresa já está produzindo o óleo negro a partir dos campos do pré-sal. Já a comunicação do governo sugere que o acesso ao petróleo no fundo do oceano será imediato, daí essa pressa em anunciar o marco regulatório do pré-sal. A verdade é que, se tudo o que está projetado ter certo, o país irá ver o dinheiro do pré-sal jorrar de fato a partir de meados do governo do sucessor do sucessor do presidente Lula. A projeção é que do campo de Tupi, onde se estimam Isso depende do ritmo dos investimentos e do sucesso das tecnologias no território desconhecido das águas ultraprofundas. O mais certo, a exploração comercial em Tupi prevista para 2011 de maneira escalonada à base de 100 mil barris/dia em fase das sondagens avançadas cesse os devaneios políticos de hoje com o pré-sal. Portanto, o que existe de concreto é uma pressa eleitoral. Lula pensa em usar o pré-sal como bandeira da campanha de Dilma em 2010. Aliás, especula-se em Brasília que elegendo Dilma, Lula se veria tentado a querer a direção da nova estatal que seria criada em seu governo para operar o pré-sal. Nesse caso, Lula estaria fazendo jus à admiração que tem pelo general Ernesto Geisel, que depois de fazer o general João Figueiredo seu sucessor, aboletou-se na presidência da Norquisa, empresa tripartite criada para acomodá-lo, com apoio da Petrobras, no Pólo Petroquímico de Camaçari. Com isso, a pressa do pré-sal uniria o útil (campanha de Dilma) ao agradável (Lula dirigindo a empresa do pré-sal em um provável governo Dilma). Isso explica tudo. |
domingo, 30 de agosto de 2009
A pressa do pré-sal é eleitoral
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