terça-feira, 21 de agosto de 2007

Advogados do diabo...

Gostaria de saber, além do dinheiro, o que leva um advogado criminalista a defender com unhas e dentes um criminoso que ele sabe perfeitamente que é culpado do crime de que é acusado?
Seriam estes advogados pessoas sem consciência? Seriam estes advogados pessoas com tendências criminosas? Há advogados criminosos ou simplesmente gananciosos?
Há uma linha tênue que divide amor e ódio. Acho que a espessura da linha que divide os advogados criminalistas dos criminosos, é a mesma.
Sabido é que todo cidadão, mesmo culpado de algum crime, tem todo o direito a defesa.
Isso é imprescindível para uma sociedade Democrática e justa. Dentro destes princípios, há porém, advogados que usam de qualquer expediente para livrar a cara de seus clientes, sejam eles culpados ou inocentes. Se forem culpados, usam de qualquer artifício para torna-los inocentes às vistas da Justiça, inclusive muitos conseguem transformar agressor em vítima.
Não sou advogado, graças a Deus, não conheço muito de ética de Justiça, mas tenho certeza, como cidadão, cônscio e cumpridor dos meus deveres, atento a todos os problemas sociais nacionais, que a classe dos advogados criminalistas exagera na sua atuação, colocando nas ruas, criminosos de alta periculosidade, que logo cometem novos crimes e novamente são defendidos pelos mesmos advogados, criando-se um círculo vicioso e muito lucrativo.
Fica muito difícil para o cidadão comum acreditar, e, bem que gostaríamos de ter esta crença, que estes esforçados advogados, que se empenham com afinco na defesa de criminosos declaradamente perigosos, como é o caso de traficantes, homicidas, estupradores, parricidas e muitos outros “cidas” da vida, ou melhor da morte, pois, costumam ceifar vidas humanas, não acabem com o tempo, pela banalização do ato criminoso, pela defesa de seus clientes, pelo prazer de burlar a Lei e com isso, humilhar o seu oponente, que é o promotor, pela satisfação da vitória, identificando-se com a criminalidade.
Estes profissionais, em muitos casos expostos na mídia nacional e mundial, acabam por imiscuir-se e envolver-se com a criminalidade e com os criminosos, pensando e agindo como eles. Acabam ficando a serviço de gangues e facções criminosas, ao invés da Justiça. No ano passado, mesmo, tivemos casos expostos na mídia.
Fica no ar a pergunta...
Serão estes profissionais criminalistas ou criminosos?
Grande parte da culpa desse desvio de conduta de certa classe de advogados é do órgão controlador da classe, a OAB, que não pune rigorosamente os advogados envolvidos com criminalidade.
Outro culpado é a nossa Justiça, que não atualiza nosso Código Penal, que dista de meados dos anos 40 do século passado. Isso é imperdoável, há crimes que nem são previstos em nossas Leis, daí os advogados inteligentes e inescrupulosos, aproveitam esses furos para absolver seus clientes, sejam culpados ou inocentes.
Some-se a tudo isso, a corrupção instalada nos altos escalões do Judiciário, a compra de sentenças, as facilidades de todo tipo, proporcionadas por funcionários de todos os níveis, a falta de estrutura operacional, tecnológica e de pessoal, que leva os processos a arrastarem-se por anos a fio, alguns até caindo no esquecimento. Inclua-se também os benefícios, a que tem direito os delinqüentes, que causa o caos no Sistema Judiciário. Outro dia em São Paulo, soltaram um homem com o benefício de visitar a mãe para comemorar o dia das mães, só que a mãe dele havia morrido há oito anos. Isso é zombar da Justiça, quem proporcionou este episódio hilariante foi um desses “advogados”.
A única maneira de acabar um pouco com essas vergonhas da Justiça, seria alguém ter a dignidade e a coragem de mudar algumas Leis.
Exemplo:
Bandidos perigosos, envolvidos com tráfico de drogas, seqüestros, mortes violentas, assaltos à banco, crimes contra o patrimônio e outros que não me lembro agora, só poderiam ser defendidos por Defensores Públicos. Que estes bandidos tivessem seus bens imediatamente a prisão, seqüestrados, para que não pudessem usar o dinheiro ganho ilicitamente para sua própria defesa.
Como papel aceita qualquer coisa que se escreva, escrevi isso, mas sei, que essas idéias nunca serão nem cogitadas pelas “autoridades”, é o medo. Medo de que a casa lhes caia na cabeça.

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