quinta-feira, 26 de março de 2009

O xerife detonou...

Acho modesta a quantidade de 20 mil pessoas que tem envolvimento com o tráfico de entorpecentes e distribuição do mesmo, no Estado do Acre, conforme afirmação do Deputado Walter Prado.

Se a gente for contar as pessoas que traficam e as que lhes dão apoio logístico essa quantidade será muito superior. Nos bairros periféricos de Rio Branco, onde estão localizadas as famosas "bocadas", não são só os traficantes, os que comercializam as drogas, que estão envolvidos, mas aqueles que lhes dão cobertura, parentes e amigos que mesmo sabendo de como vive "fulano de tal", se perguntado, nunca sabe de nada.

Em qualquer bairro periférico a gente pode ver pelas esquinas grupinhos de 3 ou 4 jovens, entre 8 e 15 anos de idade, são os olheiros dos traficantes, ficam ali para observar e alertar qualquer possível proximidade de autoridades.

Não concordo muito com a afirmação de que "como não há emprego" as pessoas vão para o tráfico de drogas. Isso acontece, mas, não é regra.

Um dos maiores problemas com os jovens principalmente em Rio Branco, é o descontrole e o desarranjo das famílias. As drogas pesadas talvez não sejam os maiores problemas de nossa sociedade, o alcoolismo, não aquele alcoolismo do inveterado, que está sempre bêbado, este dificilmente perturba alguém. O grande problema em nossa cidade é o "consumo exagerado de bebidas alcoólicas pelos jovens", que é o que os leva a outras coisas.

O problema das drogas em Rio Branco é mais social e cultural do que propriamente criminal. Os verdadeiros traficantes nunca são presos e apresentados à sociedade, os que são presos são apenas "testas de ferro", nunca ninguém investigou quem realmente controla o tráfico de drogas no Acre. Não adianta "prender traficante pé de chinelo" que vende droga pra sobreviver, tem que prender aquele que vende drogas para "enriquecer".

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