quarta-feira, 4 de março de 2009

Novo remédio para a dengue

Os administradores públicos tanto do Estado como da Prefeitura Municipal de Rio Branco, não querem admitir e nem ouvir falar em “epidemia”. Porém, já há quem diga que diariamente, mais de 500 pessoas procuram o atendimento dos postos de saúde e o Pronto Socorro da Capital com dores, febre, vômito, corpo dolorido, ardência nos olhos. Todos esses sintomas são característicos da malfadada “dengue”. As más línguas estão falando que até Raimundo Angelim, Prefeito de Rio Branco, estaria com dengue, o que ele e sua assessoria desmentiram.

Graças a exaustivos estudos feitos no Pronto Socorro de Rio Branco, os “estudiosos” de plantão descobriram novos medicamentos para o tratamento da dengue e de qualquer outra doença com a qual alguém apareça por lá.

O nome do remédio é “porrada, cassetete, chute e prisão”.

A cobaia para o medicamento foi o cidadão Relyz de Oliveira Araújo, e parece que funcionou, porque depois de ser espancado, preso e levado embora por uma viatura da PM ele não mais apareceu no Pronto Socorro para ser atendido.

Na segunda-feira à noite, fui até o plantão da Unimed para levar minha esposa que estava com os sintomas de dengue, lá a gente paga e paga caro por um plano de saúde e assim mesmo, em vista da epidemia que grassa por nossa cidade, tivemos que esperar por cerca de uma hora e meia para ser atendido. Fico imaginando naquela sucursal do inferno que os alienados de plantão do governo chamam de Pronto Socorro, que de pronto não tem nada, porque as pessoas ficam “horas” esperando para serem atendidos, quando reclamam são maltratados pelos funcionários, presos e espancados como aconteceu.

Um funcionário público, que ganha bom ordenado para estar exercendo sua função, tem que estar preparado para todo tipo de situação, mesmo que o cidadão, às vezes, se exceda um pouco.

O sofrimento faz com que as pessoas percam um pouco a estribeira, afinal de contas, a gente paga imposto pra o governo para que ele administre bem o estado.

Nos casos de atendimento em saúde, o que está acontecendo, principalmente neste momento de crise, é a falta de profissionais para o atendimento da grande demanda de pessoas que procuram o serviço público de saúde. Não é a falta de profissionais, é a falta de gente interessada em ajudar a debelar a crise. Um Pronto Socorro não pode funcionar numa hora de epidemia com o mesmo número de funcionários que funciona quando nada está acontecendo, constatar isso e tomar medidas para solucionar o problema é função da direção do hospital e do Secretário de Saúde.

Na realidade o que está causando todos esses problemas nem são as doenças, mas, a “incompetência” dos gestores públicos em gerir soluções para a crise.

No Acre, se contrata por milhões a compra de um programa de computador que é distribuído “de graça” em outros lugares. No Acre se gasta com propaganda do governo, dinheiro que daria pra comprar 3 Mamógrafos. No Acre se constrói uma ponte de 50 milhões de reais, na ilusão de que a FIFA traria jogos da Copa do Mundo para cá, no Acre se constrói um estádio de futebol quando na realidade não temos nem um time de futebol que possa ser chamado assim.

Os problemas menores são sempre deixados para depois e os gestores públicos do Partido dos Trabalhadores se preocupam com grandiosidades, é a síndrome do “quero ser grande” que impregna todos os seguidores do Partido dos Trabalhadores e aqueles que ficam à sua volta.

O problema está no seguinte: Os gestores públicos de saúde no Acre, não estão preocupados com a saúde do povo, porque eles e os seus tem “plano de saúde”.

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